19 de junho de 2020

Aline Sleutjes financiou manifestação antidemocrática

Arquivo

A deputada foi a maior doadora de recursos usados para financiar manifestações antidemocráticas realizadas dia 3 de maio. A acusação é do vice-Procurador-Geral da República, Humberto Jacques.

A deputada federal Aline Sleutjes (PSL), de Castro, nos Campos Gerais, bolsonarista em primeiro mandato, foi a maior doadora de recursos usados para financiar manifestações antidemocráticas realizadas dia 3 de maio. Assim como outros três colegas (Bia Kicis, General Girão e Guiga Peixoto), Aline teria transferido R$ 10 mil da cota parlamentar – dinheiro público que a Câmara repassa para cobrir despesas dos deputados.

A acusação é do vice-Procurador-Geral da República, Humberto Jacques, segundo revela o jornalista Lauro Jardim, em seu blog no jornal O Globo. Os repasses foram descobertos a partir da quebra de sigilos bancários, fiscal e telemático de congressistas e integram as diligências determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Estas diligências levaram 18 outras pessoas que organizaram ou participaram de manifestações consideradas ilegais, dentre as quais a ativista Sara (Winter) Giromini.

De acordo com Jacques, três dos quatro investigados contrataram a empresa Inclutech Tecnologia em abril, sob a rubrica divulgação de atividades, para “promover o respectivo apoiamento aos atos antidemocráticos”.

A empresa em questão pertence a Sérgio Lima, responsável pelo marketing do Aliança pelo Brasil, conforme revelou o Estadão ontem, 18.

Ainda segundo o documento da PGR, Kicis desembolsou R$ 6,4 mil da cota pela “criação e elaboração de peças em vídeo para publicação na web”. Guiga Peixoto, sustenta o procurador, gastou R$ 6,5 mil e Aline Sleutjes, R$ 10 mil em serviços semelhantes, mas com o mesmo objetivo.

Jacques afirma ainda que General Girão usou R$ 7,4 mil do cotão para contratar a empresa Lima Junior, conforme diz a investigação, também para bater bumbo pelos protestos.

Escreveu Jacques:

“Como se pode verificar, no ecossistema de redes sociais e propagação de idéias de mobilização social e realização de manifestações ostensivas nas ruas, há participação de parlamentares tanto na expressão e formulação de mensagens, quanto na sua propagação e visibilidade, quanto no convívio e financiamento de profissionais na área”.

E concluiu:

“Na parte visível de toda essa organização há militantes, há políticos, há organização, há recursos financeiros. Há também direitos. Todavia, potencialmente pode haver abusos e crimes que precisam ser apurados a partir do esclarecimento do modo de funcionamento estruturado e economicamente rentável de uma escalada de organização e agrupamento com pretensões aparentes de execução de ações contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e provocação das Forças Armadas ao descumprimento de sua missão constitucional”.

A reportagem do Blog do Johnny entrou em contato com a deputada para comentar a acusação, mas ela não atendeu e nem retornou as nossas ligações.


Compartilhe



Últimas notícias

Arquivo

29 de novembro de 2024

Prefeitura inicia em dezembro cadastro itinerante para o ‘Vale Gás’

Divulgação

29 de novembro de 2024

Portos do Paraná publica edital de licitação para o arrendamento da área PAR15

Divulgação

29 de novembro de 2024

Prefeitos de Ipiranga e Imbaú concorrem à presidência da AMCG

Arquivo

29 de novembro de 2024

Marcelo Rangel deve sofrer nova derrota com Maurício Silva na disputa da presidência da Câmara

Ver mais

Mais Lidas

Arquivo

11 de janeiro de 2017

Prefeitura quebrada, cidade abandonada e Rangel de malas prontas para cruzeiro no Caribe

Divulgação

8 de outubro de 2018

Conheça os 54 deputados estaduais eleitos no Paraná

Arquivo

31 de março de 2020

Ratinho Junior libera igrejas e outras atividades consideradas essenciais no Paraná

Divulgação

ORTIGUEIRA

24 de janeiro de 2022

“2022 deve ser um ano de mais vitórias”, afirma Ary Mattos