Blog do Johnny
Caso Aliel decida apoiar Pauliki, o empresário terá que ‘andar de mãos dadas’, sair para passear, ‘beijar’ e tudo mais o que tem direito, como aceitar a indicação do vice: são cotados os nomes de Thais (esposa de Aliel), vereador Pietro Arnaud e Paulo Cenoura.
O deputado federal Aliel Machado (PSB) é a ‘noiva’ da eleição municipal do ano que vem. Líder das pesquisas de intenção de voto pela Prefeitura de Ponta Grossa, é cortejado pelo empresário e ex-deputado Márcio Pauliki (SD), que quer se ‘casar’ com ele, mas não quer andar de mãos dadas. Pauliki busca o apoio de empresários como Álvaro Goes e Luciano Hang – “Véio da Havan” em sua campanha para minimizar o desgaste de uma eventual aliança com Aliel, que também aparece nas pesquisas com a maior rejeição devido ao seu perfil de esquerda.
A direita, que não é radical, liderada pelo grupo do prefeito Marcelo Rangel (PSDB) e o seu irmão, o deputado federal licenciado e secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex (PSD), não tem um candidato com chances. Os irmãos, que não querem vencer a disputa e planejam retornar em 2024, também não querem passar a faixa para Pauliki, seu arqui-inimigo. Por conta disso também cortejam Aliel em busca de um acordo branco, que pode até receber as bênçãos do governador Ratinho Júnior (PSD), uma vez que o PSB faz parte da base do governo do Estado e pode integrar alianças importantes para o governador em outras cidades, o que depende do aval de Aliel.
A esquerda, PT e PCdoB quer estar com Aliel, que caso seja candidato, não quer tê-los na aliança na tentativa de desassociar a sua imagem do PT.
Aliel não quer ser candidato. Vice-líder da oposição em Brasília e abrindo novas bases nas regiões Norte e Sudoeste, vive um bom momento como deputado. Mas ao que parece, ainda não tomou uma decisão final.
Se for candidato contra Pauliki com o apoio branco de Marcelo/Sandro/Ratinho as chances de vencer a eleição são boas. Mas se decidir apoiar Pauliki, Marcelo, Sandro e Ratinho terão que mudar os seus planos e encontrar um nome viável para derrotar o seu arqui-inimigo. Com o apoio da máquina da Prefeitura e do Estado, este candidato deverá se tornar um forte adversário.
Caso Aliel decida apoiar Pauliki, o empresário terá que ‘andar de mãos dadas’, sair para passear, ‘beijar’ e tudo mais o que tem direito, como aceitar a indicação do vice: são cotados os nomes de Thais (esposa de Aliel), vereador Pietro Arnaud e Paulo Cenoura.
Se Aliel apoiar Pauliki e perder a eleição, a derrota terá pouco reflexo em sua reeleição para deputado – já para Pauliki representa o fim da sua carreira política. Mas se for candidato e perder a eleição, trairá a sua base fora de Ponta Grossa e terá dificuldades para reeleger-se.
O anúncio da candidatura de Aliel ou o apoio a Pauliki deve acontecer ainda este ano. As conversas nos bastidores estão a todo o vapor.
Em qualquer um destes cenários, uma terceira via viável pode ganhar a confiança do eleitor com chances de ir para o segundo turno e vencer a disputa. Com este pensamento se apresentam o ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho (PP) e o vereador Ricardo Zampieri (PSL).