30 de outubro de 2020

“A defesa do SUS é luta permanente e deve orientar compromisso do prefeito”, defende professor Gadini

Divulgação

Candidato do PSOL defende o fortalecimento de políticas sociais de saúde e a valorização dos servidores públicos.

“Não podemos silenciar diante da ameaça do governo federal de privatizar o Sistema Único de Saúde”, defendeu o candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em conversa ao vivo no Facebook com a participação das servidoras públicas Dra. Albertina de Miranda Soares (professora da UEPG há 23 anos) e Tereza Miranda (Assistente Social em PG há 25 anos), realizada na noite desta quarta-feira, 28.

O governo Bolsonaro publicou na segunda-feira, 26, o decreto 10.530, que propõe estudo para privatizar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Após pressão de entidades da área da saúde e parlamentares, que se mobilizaram para reverter a medida, na quarta-feira a Presidência revogou o decreto.

“Em plena pandemia mundial da Covid-19, que já causou a morte de 158 mil pessoas no Brasil, e na mesma semana em que se comemora o dia dos servidores públicos, Bolsonaro mostra claramente o projeto de país que ele e seus aliados defendem: privatizar serviços essenciais”, alerta professor Gadini. “Nossa luta em defesa do SUS é permanente e representa pauta primordial para a gestão pública das cidades”, defende o candidato.

Durante 60 minutos, professor Gadini, Tereza Miranda e Albertina Soares apresentaram dados que revelam a importância do SUS, inclusive no que diz respeito às ações e atendimento por servidores públicos que atendem a saúde, seja nas UBS’s, hospitais, laboratórios e vigilância sanitária. Atualmente, a cada 10 pessoas, 8 dependem exclusivamente do atendimento do SUS, o que representa, de 80 a 90% da população, segundo estimativas do próprio Ministério da Saúde.

Embora tenha sido revogado, as convidadas alertaram para o fato de que Bolsonaro pode reeditar o decreto de ataque à saúde da população. “Vivemos é uma cultura de crise, onde o governo promove o desmonte dos serviços públicos para propor uma solução mágica, enganando as pessoas de que o estado não tem como manter os atendimentos e por isso a inciativa privada poderia resolver, promover melhorias e modernizar o sistema. Foi osso que aconteceu com a reforma da previdência”, afirma Albertina.

Professor Gadini destaca que os mesmos parlamentares que votaram junto com o governo de Michel Temer (MDB) pela ‘PEC do teto dos gastos’ (PEC 55/2016), que congelou por 20 anos recursos destinados à saúde e educação, votaram favoráveis e aprovaram, em abril deste ano, o repasse de R$ 1,2 trilhão aos bancos.

O decreto foi assinado pelo Presidente Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. “É um dado revelador, pois não é o ministro da saúde que assina, mesmo em plena pandemia”, ressalta Tereza Miranda. “O 28/10 é um dia de luta em homenagem aos servidores públicos e luto por mais esse ataque do governo. Devemos cobrar dos políticos que elegemos, valorizar profissionais técnicos do serviço público e fortalecer os conselhos para fiscalizar a aplicação correta do dinheiro público”, conclui Tereza. (Com assessoria)


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