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Os participantes terão acesso à tecnologias que poderão melhorar a produtividade e aumentar a renda das lavouras. O evento acontecerá na próxima semana e será realizado na sede Fundação ABC.
Pelo menos 1,6 mil produtores, além de estudantes de colégios agrícolas e universidades, são esperados na 20ª Semana de Campo, de 12 a 15 de março, em Ponta Grossa. Os participantes terão acesso à novas tecnologias que podem melhorar a produtividade e aumentar a renda das lavouras. Durante as atividades, que serão desenvolvidas na Fundação ABC, os agricultores também conhecerão 38 novos materiais, entre variedades de milho e feijão.
A Semana de Campo é parte das atividades do projeto Centro Sul de Feijão e Milho, desenvolvido pelo Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em parceria com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Syngenta.
“O produtor vai conseguir visualizar as tecnologias que estão ao seu alcance para aumentar a produtividade. São sete estações com os técnicos orientando sobre o manejo de solo, plantas de cobertura, plantio direto, manejo integrado de pragas do feijão, controle de doenças, plantas invasoras e pragas do feijão e do milho”, afirmou o coordenador estadual do projeto, Germano Kusdra.
Uma das novidades deste ano é o protocolo do Manejo Integrado de Pragas (MIP) do feijão definido pelos técnicos do Instituto Emater, pesquisadores do Iapar e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Kusdra destacou que os produtores que aplicaram o MIP na última safra conseguiram reduzir o uso de inseticidas. “Na primeira safra 2017/2018 houve casos em que não foi feita nenhuma aplicação, pois o acompanhamento indicava que as pragas não estavam causando prejuízo para as lavouras”, disse o coordenador do projeto.
Segundo ele, a função do MIP não é apenas reduzir o uso de agrotóxicos, mas também definir o produto certo, no momento adequado. “Isso reduz os custos das lavouras, porque diminui o gasto com produtos, mão de obra e amassamento da cultura”, afirmou Kusdra.
PRODUTIVIDADE – O Projeto Centro Sul de Feijão e Milho acontece há 28 anos. “O trabalho começou através de uma ação conjunta com a Syngenta sobre o uso de agrotóxicos. Depois vieram as orientações sobre o plantio direto e, posteriormente, tecnologias de produção adequadas ao produtor familiar”, contou o coordenador.
De acordo com Kusdra, enquanto a produtividade média nacional de feijão na safra 2017/2018 ficou em 981 kg/ha, a estadual 1.472 kg/ha. Os produtores que participaram do projeto colheram 2.254 kg/ha.
Dados da Conab indicam que a produtividade média nacional na última safra de milho chegou a 4.857 kg/ha. No Paraná o número ficou em 4.878 kg/ha. Agricultores do projeto conseguiram atingir a produtividade de 9.309 kg de milho por hectare.
O Projeto Centro Sul de Feijão e Milho mobiliza uma equipe de 50 técnicos do Instituto Emater, além de profissionais de 42 prefeituras do Estado. Ao todo, 2 mil agricultores familiares são acompanhados diretamente pelos extensionistas, além de produtores que participam ocasionalmente de alguma atividade do projeto. (Com AEN)
SERVIÇO:
O QUE: 20ª Semana de Campo.
QUANDO: 12 a 15 de março
ONDE: Fundação ABC (Rodovia PR 151, Km 288, Ponta Grossa)