“Não basta iluminar a Prefeitura e falar no rádio da importância dos trabalhadores. É uma questão de direito e também um reconhecimento do governo aos trabalhadores que estão na linha de frente”, cobrou o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa, Roberto Ferensovicz. No último final de semana somente parte dos servidores da saúde receberam o valor.

Servidores do Hospital Municipal da Criança realizaram na manhã de hoje, 20, uma manifestação cobrando do prefeito Marcelo Rangel (PSDB) o pagamento do adicional de risco de insalubridade, prometido aos servidores que atuam na linha de frente no combate à Covid-19. “Esse adicional é pago por vários municípios e Estados e vem sendo reconhecido pela Justiça e pelos gestores que valorizam os trabalhadores que estão em um risco maior neste momento de pandemia”, explica o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa, Roberto Ferensovicz.

Desde março o Sindicato vem reivindicando o adicional. “A expectativa dos trabalhadores é que no mês de abril fosse incluído na folha de pagamento, o que não ocorreu. No início de maio reiteramos o pedido para que fosse feito o pagamento através de uma folha de pagamento avulsa. Na semana passada, o prefeito Marcelo Rangel anunciou que faria o pagamento somente a partir de agosto, o que gerou a insatisfação dos trabalhadores. E no final de semana foi feito o pagamento através de folha avulsa para parte dos servidores do Pronto Socorro (Hospital Municipal) e do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), deixando de fora os trabalhadores do Hospital da Criança”, expôs Ferensovicz. “Eles também atuam na linha de frente atendendo crianças suspeitas da Covid-19, bem como os servidores das Unidades de Saúde. O pedido do Sindicato é que o pagamento fosse feito a todos os trabalhadores da linha de frente independente da função que desempenham”, completou, informando que o Hospital da Criança já atendeu crianças que testaram positivo para o novo coronavírus.

O presidente do SindServ ressaltou que 35% dos casos de Covid-19 em Ponta Grossa são de profissionais de saúde, que estão mais expostos ao contágio devido o atendimento dos pacientes. “O número de trabalhadores infectados é grande porque o risco é maior. A maioria trabalha de 8 a 12 horas por dia em um ambiente de maior risco. Se trata de um risco biológico e, mesmo com todos os cuidados e equipamentos de proteção, estão sujeitos de serem contaminados por esse vírus. Por isso esse pedid”, ressaltou Roberto Ferensovicz. “Não basta iluminar a Prefeitura e falar no rádio da importância dos trabalhadores. É uma questão de direito e também um reconhecimento do governo aos trabalhadores que estão na linha de frente”, concluiu.

O Hospital da Criança conta com cerca de 150 profissionais.