15 de agosto de 2019

Ratinho Junior reforça necessidade de agregar tecnologia à produção do leite

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Fadel entregou nesta quarta-feira, 10, ao governador, ao vice-governador, Darci Piana, o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, e demais autoridades, no Palácio Iguaçu, o convite em nome da organização do evento.

O governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), recepcionado pelo prefeito Moacyr Fadel Júnior (MDB), reforçou hoje, 15, na Agroleite, em Castro, a necessidade de o Paraná agregar tecnologia e industrialização à produção do leite, mantendo o Estado em uma posição de destaque no País. Em sua 19ª edição, a feira é uma das principais vitrines do Brasil de novas tecnologias para o setor.

“O Paraná vem se consolidando como uma das maiores bacias leiteiras do País. Aqui na feira existe o que há de mais moderno. Com acesso a novas tecnologias, o produtor melhora a qualidade do leite, a quantidade e também aumenta a sua renda”, destacou.

O Paraná é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com cerca de 13% do mercado nacional, em uma disputa acirrada com o Rio Grande do Sul pelo segundo posto. Minas Gerais ocupa o primeiro lugar.

A cadeia do leite engloba aproximadamente 90 mil pecuaristas no Estado. Em 2017, segundo os dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidos 4,4 bilhões de litros no Paraná.

Em 2018, a produção de leite rendeu R$ 5,8 bilhões no Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado, segundo dados preliminares do Departamento de Economia Rural (Deral) da secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, valor menor apenas em relação às produções de frango, soja e milho.

O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que a expectativa é que o Paraná possa fechar 2019 com uma produção estimada em 4,7 bilhões de litros de leite por ano. “Somente aqui nos Campos Gerais são 600 milhões de litros por ano, 300 milhões em Castro, consolidando o leite como uma riqueza importante do Estado”, afirmou.

Ortigara também ressaltou a necessidade de mais tecnologia no campo e de ampliar a industrialização dos derivados do produto, diminuindo a possibilidade de sobras. “Ou a gente prospecta novos mercados, amplia o processamento de derivados como leite em pó e manteiga, ou vai sobrar leite, matando os pequenos criadores”, afirmou.

De acordo com ele, o Brasil deve ampliar a produção em 7 bilhões a 8 bilhões de litros nos próximos anos. “Por isso a importância de atrair investimentos, indústrias para o Estado”, disse o secretário.

SUDOESTE – Ratinho Junior lembrou o exemplo da indústria de laticínios Piracanjuba, que prepara o lançamento, para setembro, de uma planta para o processamento de queijo fatiado, em Sulina, no Sudoeste do Estado. Para 2020, a companhia prepara novo investimento na região, em São Jorge D’Oeste.

Somados, os investimentos chegam a R$ 110 milhões, gerando 370 empregos diretos em um primeiro momento. “Esse é o caminho que nós temos de seguir, o nosso foco. Criar um ambiente de negócios para atrair mais empresas que possam industrializar esses produtos do campo”, afirmou.

Entre as principais regiões leiteiras do Estado, estão a Sudoeste, Oeste, e a região de Castro, nos Campos Gerais, onde os rebanhos têm alta produtividade. O município de Castro é considerado a capital nacional do leite. Em 2017, produziu 264 milhões de litros, liderando o ranking nacional, segundo o IBGE e, de acordo com a estimativa do Deral, a produção tende a crescer na região.

“Somente com tecnologia, muita tecnologia, é que vamos conseguir ser competitivos e crescer no mercado”, ressaltou o governador.

O preço médio do litro de leite pago ao produtor, que era de R$ 1,21 em 2017, passou para R$ 1,29 o litro em 2018.

GOVERNO – O Governo do Estado marca presença na Agroleite com o estande da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, parceira de projetos de desenvolvimento da cadeia do leite, envolvendo assistência técnica, pesquisa e sanidade. Estão no evento, técnicos da secretaria, do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), para orientar os produtores e dar informações sobre a atuação da secretaria e das vinculadas no setor. (Com AEN)


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