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O vereador Felipe Passos (PSDB) que passou a integrar a Comissão Especial de Investigação (CEI) que apura o suposto desvio de 600 mil litros de combustíveis da Prefeitura de Ponta Grossa recentemente, divulgou nota ontem, 02, afirmando que os depoimentos tomados pela Comissão até o momento tem lhe chamado a atenção e lhe deixado “estarrecido com a falta de comprometimento com o dinheiro público” da gestão.

Para ele, o desvio de combustíveis da Prefeitura é “apenas a ponta do iceberg”. “A cada um desses depoimentos, mais vou me convencendo que esse desvio é apenas o fio de uma meada enrolada, a ponta de um iceberg”, afirmou o vereador, conclusão que chegou após o depoimento do servidor Joelson Sluszz, na semana passada, responsável pelo controle de combustíveis da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos de 2015 a 2017.

“Diga-se de passagem, um servidor que cumpriu pena em regime semi-aberto por apropriação indébita e estelionato enquanto exercia essa função de chefia e, no mesmo período, chegou a receber vencimentos de quase R$ 18 mil, somando o seu salário base, de R$ 1.700 reais, com função gratificada e horas extras”, criticou Felipe.

O vereador ressaltou que no seu depoimento, Sluszz revelou que foi orientado pela contadora Vilma Zampieri a “esquentar” os lançamentos de notas de combustíveis na Usina de Asfalto, que encontra-se desativada. “Esta contadora prestava serviços terceirizados para a Prefeitura [de Ponta Grossa] e foi presa no início do mês suspeita de desviar recursos da Prefeitura de Itaipulândia. Se em Itaipulândia, com seus pouco mais de 8 mil habitantes, essa gangue conseguiu fazer um grande estrago, imagine o que não pode ter conseguido num município do porte do nosso”, questiona Felipe.

“Há muito ainda a ser percorrido nessa trilha. Há muito ainda a ser desvendado”, concluiu o vereador. (Com assessoria)