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Segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA), divulgados pelo IBGE no mês de julho, o Estado do Paraná respondeu por 9,2% do emprego da indústria de transformação do País em 2020, com 641.269 pessoas ocupadas no setor. Esse percentual é o maior da série histórica iniciada em 2007, quando o peso estadual era de 8,1%.
A produção industrial do Paraná cresceu 10,4% entre janeiro e maio deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado na última sexta-feira, 12. Esse foi o melhor resultado entre todos os estados brasileiros.
O balanço aponta retomada gradual da economia e leva em consideração a produção de carros, caminhões, máquinas agrícolas reboques e o agronegócio, impulsionado pela industrialização de carnes.
O setor automobilístico, com alta de 29% em comparação com o mesmo período de 2018, inclui tanto automóveis quanto caminhões para reboques e semirreboques. Também tiveram destaque na alavancada o setor de máquinas e equipamentos, que inclui tecnologia para colheita agrícola, com aumento de 28,9%, e de produtos alimentícios, alta de 13%.
PAÍS – De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, no mesmo período, a produção industrial total no Brasil registrou queda de 0,7%, pendente de investimentos e de uma cadeia mais sólida na economia. Apenas Paraná, Rio Grande do Sul (8,8%), Santa Catarina (6,1%), Ceará (3,6%), Goiás (3,2%), Pernambuco (1,5%), São Paulo (0,5%) e Bahia (0,1%) registraram dados positivos nos primeiros meses de 2019 em relação ao começo de 2018.
O Paraná também se destacou no comparativo do crescimento registrado em maio deste ano e maio de 2018, com alta de 27,8%, melhor resultado do Brasil. Esse índice ajudou a puxar o resultado do País, com crescimento na ordem de 7,1%. Dois fatores influenciaram esse avanço, segundo o IBGE: o efeito-calendário (maio de 2019 teve um dia útil a mais) e uma base de comparação diminuta, pois em maio de 2018 a atividade industrial havia recuado -6,3%, refletindo os efeitos da paralisação dos caminhoneiros.
ACUMULADO – No acumulado do ano, apesar dos 10,4% do Paraná, houve redução na produção nacional, que alcançou sete dos quinze locais pesquisados, com destaque negativo para Espírito Santo (-11,8%), Pará (-6,2%) e Minas Gerais (-4,3%). Esses estados foram pressionados, principalmente, pelos recuos assinalados por indústrias extrativas e em celulose, papel e produtos de papel. Mato Grosso (-2,7%), Amazonas (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Região Nordeste (-1,4%) completaram o conjunto de locais com recuo acumulado no ano.
ABRIL A MAIO – Na variação mensal, a produção industrial paranaense teve alta de 0,7%, enquanto a média nacional teve queda de -0,2%. Na série da Pesquisa Industrial Mensal, oito dos quinze locais mostraram taxas negativas. Apenas Pará (59,1%), Rio de Janeiro (8,8%), Goiás (1,6%), Amazonas (1,2%), Bahia (1,1%), Paraná (0,7%) e São Paulo (0,1%) tiveram alta.
ÚLTIMOS DOZE MESES – Os números do Paraná também são positivos numa perspectiva de médio prazo, com crescimento de 6,3% nos últimos doze meses. O acumulado nacional passou de -1,1% em abril de 2018 para 0% em maio de 2019 e apenas interrompeu a trajetória descendente iniciada em julho de 2018.
Segundo o IBGE, os principais ganhos de ritmo foram no Paraná (de 3,1% para 6,3%), Rio Grande do Sul (de 6,5% para 9,2%), Goiás (de -4,9% para -2,5%), Santa Catarina (de 2,8% para 5%), Bahia (de -0,8% para 1,4%), Mato Grosso (de -2,6% para -0,9%) e Ceará (de -0,1% para 1,5%). (Com AEN)