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O anúncio da licitação das obras até o final do mandato no ano que vem, não garante a execução das obras e muito menos que os índices divulgados pelo prefeito estão corretos. Pelo menos não é que sente a população nos bairros da cidade, que sofre com buracos, poeira e lama, em ruas que se transformaram em carreiros e que nem os serviços públicos como coleta de lixo e ambulância conseguem ter acesso às residências.
Em entrevista coletiva para a imprensa, acompanhado de secretários e vereadores da base aliada do governo na Câmara, o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) prometeu ontem, 25, há pouco mais de um ano do final do mandato, deixar licitado a pavimentação de 90% das ruas de Ponta Grossa. Segundo prefeito, quando assumiu em 2013, Ponta Grossa contava com 49% das ruas asfaltadas. Hoje esse número ultrapassaria 80%. “Até o final do mandato temos a expectativa de licitar 90% de quadras para pavimentação”, anunciou o prefeito em fim de mandato.
Segundo Marcelo Rangel, a meta será alcançada com recursos que somam R$ 100 milhões, sendo R$ 85 milhões por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA), do governo federal, e R$ 15 milhões do governo do Estado.
Os índices de pavimentação apresentados pelo prefeito não possuem comprovação. Segundo o IBGE, em 2010, Ponta Grossa contava com 37% das vias públicas urbanizadas (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio), ocupando a 165ª posição nos 399 municípios do Estado.
O anúncio da licitação das obras até o final do mandato no ano que vem, não garante a execução das obras e muito menos que os índices divulgados pelo prefeito estão corretos. Pelo menos não é que sente a população nos bairros da cidade, que sofre com buracos, poeira e lama, em ruas que se transformaram em carreiros e que nem os serviços públicos como coleta de lixo e ambulância conseguem ter acesso às residências. Em regiões carentes, como a Coronel Cláudio, além da falta de manutenção das vias é ainda possível encontrar esgoto à céu aberto.