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Evento teve a fala do deputado Aliel Machado, integrante da Comissão Especial que vai debater o tema na Câmara.
O Grande Auditório da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ficou lotado na noite de ontem, 09, para a Audiência Pública sobre a Reforma da Previdência (PEC 6/19). O evento, organizado pelo Centro Acadêmico Carvalho Santos (CACS), do curso de Direito, teve a participação do deputado Aliel Machado (PSB), que foi escolhido esta semana para integrar a Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
Presente na audiência, o reitor Miguel Sanches Neto fez uma saudação aos presentes e destacou a importância do debate com a comunidade acadêmica. “É uma alegria ver esse auditório cheio para discutir um tema tão importante que é a Previdência no Brasil. É papel da universidade buscar o debate para ampliar o conhecimento sobre temas estratégicos da nossa sociedade. Neste sentido, a universidade está completamente aberta a todos os debates importantes”, afirmou Sanches Neto.
Por mais duas horas o deputado falou sobre a proposta de alteração na Previdência. Para ele, é fundamental que as pessoas conheçam a reforma antes de formar uma opinião. Uma pesquisa IBOPE divulgada essa semana mostra que mais de 60% das pessoas ainda não tem conhecimento sobre o tema.
A PEC foi entregue pelo governo à Câmara em 20 de fevereiro. Já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e tem causado muita polêmica em diversos pontos. “O governo diz que a reforma combate privilégios, mas os dados apresentados mostram que ela vai atingir, em 20 anos, 92% das pessoas que ganham até dois salários mínimos. Isso não é combater privilégios. Sem contar que ela pretende alterar benefícios da Seguridade Social, que não tem nada a ver com a previdência, como a concessão de remédios para doenças raras pelo SUS e a redução para R$ 400 reais do BPC, pago a idosos pobres, que hoje é de um salário mínimo”, disse.
Aliel também apontou pontos positivos na proposta. Entre eles está a mudança nas alíquotas de contribuição, que será maior para quem ganha mais e menor para quem ganha menos. Além de também mexer na aposentadoria parlamentar. “Essa regra é pra quem vai se eleger a partir de 2022. Mesmo assim é positiva. Eu estou no regime do INSS, como a maioria dos brasileiros. O que mostra que minha posição em relação a esta proposta não tem nada a ver com interesse próprio, como muitos dizem”, alertou.
Ao final da fala, os presentes na audiência puderam fazer perguntas e tirar dúvidas sobre a reforma. Desde o início da discussão, o parlamentar tem percorrido os municípios para debater com a população os principais pontos da proposta. Aliel já passou por mais de 15 municípios paranaenses apresentando o tema. (Com assessoria)