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O parlamentar considera importante que a população entenda com clareza o que está sendo proposto. Ele tem percorrido vários municípios para falar sobre o tema.
O deputado federal Aliel Machado (PSB) está percorrendo os municípios paranaenses para falar sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019), que propõe mudanças na Previdência Social. Nesta semana o parlamentar participa de eventos em Cândido de Abreu, Rebouças e Guarapuava. No final do mês, a convite da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aliel fará um discurso em Ponta Grossa.
“É preciso analisar e contar para as pessoas o que está sendo proposto com muita clareza, o que o governo não tem feito. Por isso buscamos esse diálogo com a sociedade, com os trabalhadores e com diversos setores, para que haja o esclarecimento da reforma, que a meu ver, está sendo feita de forma equivocada”, afirmou Aliel.
A PEC foi encaminhada à Câmara em fevereiro e está sendo debatida com os parlamentares. Muitas das alterações já causam preocupação em alguns deputados, inclusive em Aliel. Ele argumenta que a proposta não corrige privilégios, mas as acentua. “Fixaram a idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres com tempo de 40 anos de contribuição para receber o benefício integral. Isso amplia as desigualdades e não retira privilégios. Temos que ter bem claro que há trabalhadores em condições desiguais”, apontou o deputado pontagrossense.
Aliel também alerta para a mudança no Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos pobres, que vivem em situação de miséria. Hoje eles recebem um salário mínimo (R$ 998,00) a partir dos 60 anos. Com a nova proposta, eles passariam a receber R$ 400 reais ao atingir essa idade e um salário mínimo somente aos 70 anos. “Dentre os absurdos, esse é o maior. Querem tirar o pouco que os mais pobres ganham para sobreviver. Enquanto isso outras categorias não são atingidas da forma que precisaria. Não vamos aceitar”, alegou o parlamentar .
MUDANÇAS NECESSÁRIAS – Aliel destacou, no entanto, que mudanças são necessárias. “Quando se aumenta a expectativa de vida de uma população, é justo que se façam ajustes. Porém, elas precisam corrigir de verdade as injustiças, e não aumentá-las”, reforçou o deputado. (Com assessoria)