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No encontro, que aconteceu hoje, 08, os representantes destacaram os interesses do exterior em investimentos no Paraná, principalmente nas áreas de infraestrutura e agronegócios.
O governador em exercício Darci Piana (PSD) se reuniu hoje, 08, com 13 cônsules de 14 países da Europa, Ásia e das Américas. A reunião no Palácio Iguaçu também contou com a participação do chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná, embaixador Igor Kipman.
Piana destacou que o Paraná é o “Estado da vez” para investimentos em infraestrutura e agronegócios, pois receberá um novo ciclo de investimentos nos próximos anos com as concessões de quatro aeroportos e rodovias federais e estaduais, além de parcerias para absorver tecnologia para a produção de leite, grãos e frangos.
“O Paraná tem um potencial extraordinário de crescimento. Essa nova fase dos governos estadual e federal, com a perspectiva da reforma da Previdência, dá a segurança de que o país vai melhorar”, afirmou o governador em exercício. “Muitos empresários e bancos mundiais têm chegado ao nosso governo para conversar a respeito de investimentos”, destacou.
PARCERIAS – Para o cônsul honorário da Alemanha, Andreas Hoffrichter, o Paraná é benquisto pelos investidores internacionais. “A Alemanha o vê com interesse. Sempre foi um Estado que se destacou, teve crescimento de PIB superior à média brasileira. Os empresários alemães estão querendo investir no Paraná, tem muitas oportunidades de negócios”, apontou o cônsul.
No encontro, Hoffrichter contou que o embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel, virá ao Paraná no fim de março para buscar parcerias para a indústria de energias renováveis.
Já a cônsul honorária da Espanha, Blanca Hernando Barco, disse que o país tem interesse em negócios da área de infraestrutura e logística. “É uma nova era em que muitos investimentos voltarão para o Paraná”, mencionou Blanca.
PONTES – Piana e o cônsul-geral do Paraguai, embaixador Carlos Fleitas Rodriguez, frisaram no encontro que a parceria estratégica entre os países pela fronteira paranaense possibilitará a construção da segunda ponte em Foz do Iguaçu.
A ponte que vai ligar Foz do Iguaçu a Presidente Franco já foi licitada e a obra contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), em 2014. O projeto, no entanto, não teve continuidade e agora será retomado com recursos de Itaipu. A obra tem custo previsto de R$ 302,5 milhões (considerando estrutura e desapropriações), além de R$ 104 milhões para a construção de uma perimetral no lado brasileiro.
Os Presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, se encontrarão novamente em Brasília na próxima semana para acertar os últimos detalhes do acordo.
AGRONEGÓCIO – O Paraná também se prepara para modernizar a produção de frango e carne vermelha que deverá novos mercados no Oriente Médio e Europa Oriental.
Segundo o cônsul honorário da Turquia, Luiz Alberto Lenz César, o Estado pode ampliar a oferta de frigoríficos capazes de abater frango no modelo halal, que respeita o ritual muçulmano. Ele também destacou que o Paraná deve começar a enviar gado vivo para o Oriente a partir do porto de Paranaguá, nos moldes de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O cônsul honorário da República Tcheca, Rui Lemes, disse que os empresários do país têm interesse em vacinas veterinárias e que representantes do país europeu e do Brasil já conversam sobre a troca de tecnologias nas áreas de produção de leite e segurança.
Piana enfatizou que os produtores do Paraná precisam de novos mercados para ampliar os seus investimentos. “O caminho é o diálogo, mostrar nosso potencial, receber as propostas e também ajudar a vender, que é a nossa missão. Fazer com que os empresários do Paraná tenham mercado e possibilidade de expandir as suas vendas para o comércio exterior”, sugeriu.
PREVIDÊNCIA – Segundo o presidente do corpo consular e cônsul honorário da Albânia e da República Dominicana, Thomas Augusto do Amaral Neves, o Paraná pode expandir seus negócios nesse novo ciclo de investimento. No entanto, ele citou a necessidade de aprovação da reforma da Previdência, que foi apresentada em fevereiro por Bolsonaro e aguarda a posição do Congresso Nacional.
“Essa integração entre governo e os países aqui representados é muito importante para incrementar ainda mais os negócios e também o intercâmbio cultural entre os universitários dos países aqui representados. O Paraná é um Estado muito bem-visto, mas o Brasil ainda precisa definir algumas coisas para que os países se sintam mais confortáveis em fazer investimentos nesse momento”, apontou Neves. (Com AEN)