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O candidato aponta que aliados da governadora defendiam a prorrogação do atual modelo de pedágio.
A esquerda paranaense agiu rápido após a desistência de Osmar Dias (PDT) na corrida pelo governo do Estado, e conseguiu unir em uma aliança o MDB, PDT, PCdoB e SD, que tem como candidato João Arruda (MDB), sobrinho do senador Roberto Requião (MDB), mantendo o PT isolado.
Arruda contabiliza o apoio de cerca de 100 prefeitos e é o único candidato – com chances de eleição – de oposição ao atual governo. Escolheu como vice uma professora da rede pública, Eliana Cortez (MDB), presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro, que será o símbolo da luta dos professores e servidores públicos do Estado pela valorização da categoria e defesa da educação pública de qualidade.
Isso tudo, aliado ao fato que Arruda deverá ser o herdeiro natural de boa parte dos votos de Osmar, tem deixado a turma do Palácio Iguaçu e os assessores mais próximos da governadora Cida Borghetti (PP) pávidos.
A estratégia da campanha de Cida é combater o crescimento vertiginoso de Arruda. Materiais apócrifos e difamatórios e pesquisas eleitorais sem registro circulam criminosamente nas redes sociais na tentativa de prejudicar o medebista.
Outra preocupação dos aliados da governadora é o seu desempenho nos debates eleitorais. Cida terá que enfrentar e vencer o experiente Arruda e o preparado Ratinho Jr. (PSD).
Nos Campos Gerais, Arruda abriu a sua base para o deputado federal Aliel Machado (PSB), até então aliado de Cida, e tomou da governadora o apoio do prefeito de Castro, Moacyr Fadel (MDB), à quem confiou a coordenação geral da sua campanha.
Com Arruda em seu encalço, a governadora deve disputar com ele a vaga no segundo turno – isso se houver segundo turno.