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O ex-senador Osmar Dias (PDT) deu um duro golpe na esquerda paranaense ao iludi-la com críticas ao ex-governador Beto Richa (PSDB). Ele deu esperança à esquerda, que chegou a sonhar com o retorno ao governo oito anos depois que Roberto Requião (MDB) deixou o Palácio Iguaçu.

Enganou o PT, que esperava a retribuição do apoio na disputa em 2010. Derrotado por Beto Richa em um segundo apertado, Osmar assumiu a vice-presidência de Agronegócios do Banco do Brasil no governo Dilma (PT).

O ‘Ratinho de barba’ como chamou a Osmar Dias o senador Roberto Requião ontem e que até dias atrás trocavam ‘juras de amor’, ‘passou-lhe a conversa’. “Cida Borghetti, Ratinho Junior e Osmar Dias são filhotes do governo Beto Richa”, esbravejou o senador, ao reforçar o lançamento do deputado federal João Arruda (MDB), seu sobrinho, na disputa pelo governo do Paraná. Requião, no auge dos seus 77 anos de idade, uma das maiores ‘raposas da política brasileira’, também foi enganado pelo pedetista.

Osmar rechaçou a aliança com o PT e desdenhou de Requião ao dizer que o senador traria à sua campanha rejeição devido a ligação do emedebista com o PT.

A pergunta que não quer calar nos bastidores da política é: teria Osmar Dias, de caso pensado, planejado enrolar a esquerda do Paraná para enfraquecê-la na disputa ao governo do Paraná?

Osmar recebeu no final de 2016 a Ordem Estadual do Pinheiro, a mais alta honraria concedida a personalidades importantes do Estado, das mãos do então governador Beto Richa, e é amigo pessoal do deputado federal tucano Valdir Rossoni. O seu irmão, o presidenciável Álvaro Dias (PODE), fechou com Ratinho Júnior (PSD).

O que Requião chamou de ‘vacilo’ de Osmar ontem, na verdade foi uma autocrítica. Osmar fez ‘barba, cabelo e bigode’ com a esquerda paranaense, deixando-a com o ‘pincel na mão’ ao desistir da sua candidatura ao governo do Paraná, o que deve ser anunciado nos próximos dias.