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Márcio Pauliki além de comprometer a votação dos deputados federais Sandro Alex e Aliel Machado (que irão disputar a reeleição), em Ponta Grossa e na região dos Campos Gerais, pode não alcançar legenda e ainda tirar a reeleição de Aliel
As pretensões do deputado estadual Márcio Pauliki (SD) de candidatar-se a deputado federal nas eleições deste ano podem ser um “tiro no pé”. Ao dividir votos com os deputados federais Sandro Alex (PSD) e Aliel Machado (PSB) – que irão disputar a reeleição -, Pauliki além de comprometer a votação dos dois em Ponta Grossa e na região dos Campos Gerais, pode não alcançar legenda e ainda tirar a reeleição de Aliel. Sandro Alex é o único dos três que tem o seu nome nas listas de apostas dos deputados eleitos.
Ponta Grossa registrou nas últimas duas eleições em média 87% dos votos válidos. De um total de mais de 220 mil eleitores, são em média 190 mil votos válidos. Nas eleições de 2014, cerca de 12% dos votos foram para ‘forasteiros’, sobram cerca de 167 mil votos para os candidatos daqui. Que cada um dos três com a tendência de uma disputa polarizada e a redução dos votos para os candidatos de fora, faça de 45 a 50 mil votos em Ponta Grossa, terão que buscar pelo menos mais 50 mil votos cada fora para eleger-se.
Além de não possuir uma base consolidada na região, Pauliki deve disputar a eleição no chapão encabeçado pelo PDT do candidato ao governo Osmar Dias, que deverá contar ainda com o PMDB. Entre os nomes que irão disputar no chapão PDT/PMDB/SD, estão os deputados federais Assis do Couto (PDT), João Arruda, Hermes Parcianello – “Frangão” e Sérgio Souza (do PMDB), além do ex-prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT).
Ponta Grossa e a região dos Campos Gerais correm sério risco de perder não somente a sua representação em Brasília com a redução de dois para um deputado federal, mas também na Assembleia Legislativa, onde Pauliki teria maiores chances de reeleger-se.
A redução da representatividade dos Campos Gerais caso se concretize esse cenário por conta da entrada de Pauliki na disputa à Câmara Federal, representa um retrocesso histórico que refletiu diretamente no desenvolvimento de Ponta Grossa e região ao longo das últimas décadas.