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Além da falta de apoio, Pauliki deve deixar o PDT com a saída de Osmar Dias do partido. E já articula “botar chifre” em Osmar, tendo sondado o PP, da vice-governadora Cida Borghetti
O sonho do deputado estadual Márcio Pauliki (PDT) de alçar voos mais altos vem caindo por terra desde o final do ano passado. Ao percorrer a região em busca de apoios, Pauliki teria se deparado com ‘mercenários’, que o enxergam somente como empresário bem sucedido que entrou para a política. Ao longo de mais de três anos, o pedetista não construiu uma base de apoio sólida nos Municípios. Muito devido à sua indefinição política de ser governista somente quando é conveniente, o que não lhe dá credibilidade junto ao governo estadual para atender as demandas de prefeitos e vereadores da região. E fazer campanha com ‘mercenários’ tem um custo muito alto e dificilmente tem o retorno esperado.
Dos apoios que recebeu na última eleição, quando fez cerca de 20 mil votos fora de Ponta Grossa, a maior parte abandonou o barco de Pauliki, que não soube cativar a base ao longo do mandato. Entre essas lideranças, a maioria mercenária, havia alguns líderes bem intencionados que reclamam que foram abandonados pelo pedetista.
Pauliki lançou-se candidato a deputado federal sem o apoio da sua assessoria, que defende a sua reeleição, por ser mais segura e viável. E recebeu um ‘balde de água fria’ quando a sua família teria decidido não apoiá-lo financeiramente nesta eleição.
Possíveis dobradas com deputados estaduais também se afugentaram, principalmente após uma visita na Assembleia Legislativa do diretor-presidente da Copel Brisa Potiguar e ex-candidato a deputado federal, Pedro Guerra, que contou aos parlamentares como ele e a sua família foram enganados por Pauliki na última eleição quando formaram uma dobradinha e fez pouco mais de 700 votos em Ponta Grossa. Recursos de Guerra para a campanha com Pauliki foram parar na campanha do deputado Aliel Machado, somente para se ter uma ideia.
Atualmente Pauliki vem sendo aconselhado politicamente por José Elizeu Chociai, que de presidente estadual, foi rebaixado para terceiro vice-presidente do Podemos (PODE) pelo senador Álvaro Dias, e que também deve perder o comando local do partido com a possível filiação do ex-prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) e seu grupo.
Além da falta de apoio, Pauliki deve deixar o PDT com a saída de Osmar Dias do partido. E já articula “botar chifre” em Osmar, tendo sondado o PP, da vice-governadora Cida Borghetti e do ministro Ricardo Barros. Osmar e Cida são pretensos candidatos ao governo do Estado.