Israel Kaé
A obra da Maternidade Pública do Hospital Universitário Regional será custeada com recursos de uma emenda parlamentar individual de R$ 4 milhões, de autoria do deputado federal Aliel Machado
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou ontem um acelerador linear –equipamento utilizado no tratamento de radioterapia – para a Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa. O aparelho vai ampliar a assistência à população da região dos Campos Gerais, que possui aproximadamente um milhão de habitantes.
“Vamos ampliar o apoio à Santa Casa, incluindo a construção da casamata para instalação do equipamento. Assim, o acelerador linear terá condições de entrar em funcionamento e garantir a cobertura aos pacientes que necessitam do tratamento contra o câncer na região de Ponta Grossa”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. O investimento para a aquisição do equipamento e a implantação da casamata, deve chegar a R$ 6 milhões.
A Santa Casa de Ponta Grossa é um hospital geral de referência para toda a região. O hospital atende nas especialidades de oncologia, hemodiálise, doenças cardíacas, obstetrícia, entre outras. A Santa Casa de Misericórdia recebe anualmente do governo federal cerca de R$ 4,3 milhões de Incentivo de Adesão à Contratualização do SUS e R$ 2,7 milhões pelo programa Rede Cegonha, que propõe a melhoria no atendimento às mulheres durante a gravidez e o parto.
Além disso, a instituição também recebe recursos federais para custeio de procedimentos ambulatoriais e hospitalares. Em 2017, foram repassados cerca de R$ 21,5 milhões para financiar esses procedimentos pelo SUS. Ainda em 2017, foram liberados aproximadamente R$ 4,2 milhões para financiar procedimentos relacionados ao tratamento do câncer, como cirurgias oncológicas e quimioterapia.
Também em Ponta Grossa, o ministro visitou as obras da Maternidade Pública, no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais. Por enquanto o hospital, tem um andar que atende como maternidade, mas a obra ampliará o espaço para receber as futuras mães e bebês.
A obra será custeada com recursos de uma emenda parlamentar individual de R$ 4 milhões, de autoria do deputado federal Aliel Machado (REDE), e tem o prazo de 15 meses para a conclusão. Aliel disse que a demanda pela maternidade era há muito tempo uma constatação das lideranças políticas e também do setor médico. Ele lembrou que o município não possuía uma maternidade pública e muitas vidas se perderam por falta de atendimento adequado.
Depois de pronto, o espaço vai contar com 10 quartos e 20 leitos, além de Pronto Atendimento e consultórios de obstetrícia. A maternidade terá ligação direta com as Unidades de Terapia Intensiva do Regional. Atualmente o HU conta com seis leitos de UTI neonatal, cinco de UTI pediátrica e dois intermediários. A empresa vencedora da licitação, BC1 Construtora, apresentou um valor 18% menor que o destinado com a emenda, cerca de R$ 3,4 milhões. Aliel está buscando, junto ao Ministério da Saúde, a viabilização do restante dos recursos para a compra de equipamentos para o novo prédio.
GESTÃO – O ministro Ricardo Barros também se reuniu com prefeitos e gestores de saúde da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG): Arapoti, Carambeí, Castro, Ipiranga, Ivaí, Jaguariaíva, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, São João do Triunfo, Sengés, Curiúva, Imbaú, Ortigueira, Reserva, Têlemaco Borba, Tibagi e Ventania.
As cidades da região foram contempladas com R$ 44,1 milhões para fortalecimento da saúde desde 2016. Desse total, R$ 14,9 milhões foram para custeio de 43 serviços/leitos de média e alta complexidade que funcionavam sem a contrapartida federal. Durante o período, também foram liberados R$ 25,7 milhões referentes a emendas parlamentares que tramitavam na pasta e aguardavam liberação desde 2014.
“Estamos garantindo reforço financeiro para a Associação dos Municípios dos Campos Gerais ampliar e melhorar o atendimento à população em toda a região. Os municípios poderão qualificar a assistência e os serviços ofertados na rede pública de saúde”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.
Em 600 dias de gestão, o município de Ponta Grossa foi contemplado com R$ 21,4 milhões para fortalecer os serviços de saúde da região. Desse total, R$ 12,9 milhões foram para custeio de 18 serviços/leitos de média e alta complexidade que funcionavam sem a contrapartida federal, além de R$ 8,52 milhões referentes a emendas parlamentares. (Com assessorias)