Entidades manifestam preocupação sobre traçado do Contorno Leste

Entidades manifestam preocupação sobre traçado do Contorno Leste
12 dez, 2025
Durante o encontro, as entidades expressaram, de forma uníssona, apreensão quanto ao impacto que a definição do traçado terá no futuro da cidade.
Crédito: Divulgação

A preocupação com o traçado do Contorno Leste de Ponta Grossa mobilizou um conjunto de entidades representativas em uma coletiva de imprensa realizada na última terça-feira, 09, na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG). Convocada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG), a reunião reuniu representantes do Instituto de Planejamento Urbano de Ponta Grossa (IPLAN), ACIPG, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Seccional Ponta Grossa), Agência de Desenvolvimento do Turismo (ADETUR Campos Gerais), Sociedade Rural dos Campos Gerais, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Sindicato da Habitação (SECOVI) e Associação Paranaense de Construtores (APC).

Durante o encontro, as entidades expressaram, de forma uníssona, apreensão quanto ao impacto que a definição do traçado terá no futuro da cidade. A presidente do CDEPG, Priscila Garbelini, abriu a coletiva afirmando que a pauta é “estratégica e estrutural para toda a cidade”, transcendendo interesses setoriais ou políticos. “Defendemos que o contorno não deve ter uma posição que seja excessivamente próxima ao perímetro urbano, sob pena de comprometer a expansão industrial, a mobilidade urbana, o potencial construtivo, turístico e a competitividade econômica regional”, declarou.

A falta de informação oficial sobre o projeto foi um ponto central das críticas. Rafael Mansani, presidente do IPLAN, destacou a insegurança no planejamento urbano. “Até hoje a concessionária não nos procurou de forma oficial [para apresentar] qual o perímetro, qual o traçado que seria adotado”, afirmou. Ele ressaltou a necessidade de avaliar os impactos de longo prazo da obra, uma rodovia de classe 1, em questões como mobilidade, custo de vida e acesso a serviços públicos.

Leonardo Puppi Bernardi, vice-presidente da ACIPG, relacionou a discussão diretamente ao planejamento estratégico do município. “O traçado que a gente teme ser apresentado e implementado de forma não democrática pode comprometer os objetivos do MasterPlan [Ponta Grossa 2043]”, alertou. Ele enumerou potenciais consequências negativas, como a criação de problemas de supervalorização e desvalorização de regiões, o aumento do tempo de deslocamento da população e dificuldades no acesso a serviços essenciais, impactando a qualidade de vida e a atividade econômica.

No encontro, os representantes das entidades listadas apresentaram suas dúvidas e questionamentos técnicos, além de responderem a perguntas da imprensa e de lideranças locais presentes. O consenso entre os participantes foi a defesa de um processo transparente e participativo, onde a sociedade civil organizada possa contribuir para uma solução que priorize o desenvolvimento ordenado e sustentável de Ponta Grossa, em detrimento de um traçado definido sem o necessário debate público. (Com informações da Assessoria)

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