8 de outubro de 2017

ACIPG e outras 27 entidades manifestam apoio à intervenção militar; Aliel chama entidades de “reacionárias”

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Deputado federal manifesta repúdio ao apoio de entidades à intervenção militar. Presidente da Associação Comercial, responde e diz que deputado defende a “ditadura do proletariado”

A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), juntamente com outras 27 entidades ligadas ao setor produtivo da região dos Campos Gerais, divulgaram neste final de semana “Carta Pública de apoio ao general Mourão”. No documento, as entidades “vêm a público declarar o seu apoio ao general Antônio Hamilton Mourão, Secretário de Finanças das Forças Armadas, que declarou recentemente que uma intervenção militar pode ser adotada se o Judiciário não resolver o problema político referente à corrupção”.

As entidades declaram ainda que “há conforto em saber que existem brasileiros como ele [Mourão], que ainda se preocupam com a nação e se disponibilizam a lutar pelo futuro”. “Concordamos com o oficial do Exército Brasileiro que a política nacional chegou ao nível máximo de tolerância, e exigimos que o Poder Judiciário cumpra com a sua função de afastar da vida pública essas pessoas que estão acabando com as riquezas do país. Não podemos mais aceitar que negociatas políticas permitam que as mesmas pessoas continuem a levar o Brasil à ruína”, diz a carta, que finaliza parabenizando o general pelas suas palavras.
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Aliel chama entidades de “reacionárias”

O documento causou revolta no deputado federal Aliel Machado (REDE), que divulgou uma nota de repúdio contra as entidades, intitulada “Em defesa da democracia”. Na nota, o deputado atesta que “a ditadura não é remédio para a corrupção”. “Muito pelo contrário, a concentração de poder é ambiente propício para o uso do poder em benéfico próprio. O sistema democrático de pesos e contrapesos é a única garantia de um sistema institucional de combate a corrupção”, acredita Aliel.

O deputado disse que lhe “preocupa e envergonha” que a ACIPG “se presta a um papel tão descolado dos princípios democráticos, que ignora a história, os sofrimentos e opressões impostos pela ditadura militar no Brasil”. Ele lembrou ainda que em 2014 a entidade chegou a propor que beneficiários de programas sociais não tivessem direito a voto.

Ao concluir, Aliel cita nomes como Rubens Paiva e Vladmir Herzog, o primeiro desaparecido e o segundo morto durante o Regime Militar e questiona: “quantos serão necessários para que a memória da ditadura cale as vozes ignorantes ao sofrimento alheio?”. E finaliza considerando a ação das entidades como “reacionária e condenável”.


Douglas reage e diz que Aliel defende a “ditadura do proletariado”

Em comentário publicado na página do deputado Aliel Machado no Facebook, o presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca, reitera o apoio à intervenção militar e diz que o deputado não viveu, como ele, o Regime Militar. “Podemos até tolerar em nome do princípio democrático, aqueles que professam ideologias marxistas e assemelhados, mas nós jamais os deixaremos arrastarem o nosso país para a lama e a miséria humana… Todos os nomes citados como vítimas dos militares, não eram outras coisas, senão agentes pagos pelo movimento marxista internacional para promover a desordem e a busca da implantação da ditadura do proletariado que você defende. A palavra democracia proferida pelos marxistas, é hipócrita. Porque não defendem e nunca defenderam o povo e muito menos defenderam a liberdade”, rebateu Taques Fonseca. Confira a íntegra do comentário abaixo:

“Neste momento político em que a corrupção de nossas instituições nacionais atinge as raias do absurdo, nós o povo que trabalhamos e sustentamos esta nação, temos o dever e a obrigação de tomar uma atitude política para combater a barbárie desenfreada. Somos cidadãos que respeitamos a nossa Constituição Federal e conhecemos todos os mecanismos de proteção do Estado Democrático de Direito, entre eles a Intervenção Militar, no caso de falência das instituições civis. Com certeza se for este o caso, estaremos enfileirados com o General Mourão, contra a corrupção e o banditismo politico. Jamais admitiremos qualquer ataque contra a liberdade. Podemos até tolerar em nome do princípio democrático, aqueles que professam ideologias marxistas e assemelhados, mas nós jamais os deixaremos arrastarem o nosso país para a lama e a miséria humana. Você fala do regime militar do que ouviu falar, eu falo do regime que eu vivi. Eu não sou um homem público, nunca em minha vida coloquei um centavo do dinheiro público em meu bolso. Pelo contrário, trabalho e coloco nos cofres do povo, milhares de reais por ano em impostos, gerados pelo meu trabalho e de meus colaboradores. Todos os nomes citados como vítimas dos militares, não eram outras coisas, senão agentes pagos pelo movimento marxista internacional para promover a desordem e a busca da implantação da ditadura do proletariado que você defende. A palavra democracia proferida pelos marxistas, é hipócrita. Porque não defendem e nunca defenderam o povo e muito menos defenderam a liberdade. A história nos ensina isto. Se acaso este país necessitar de uma intercessão militar, será pela total incompetência dos políticos responsáveis pela falência do Estado e das instituições civis do país. Isto posto, repudio com veemências esta tua manifestação. Douglas Fanchin Taques Fonseca, cidadão brasileiro”.

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