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O setor fechou os primeiros sete meses deste ano com crescimento de 3,9% na produção – o maior avanço do País. A média brasileira foi de 0,8%. Para economista do Ipardes, tendência é manter o crescimento da indústria nos próximos meses
A indústria do Paraná fechou os primeiros sete meses do ano com crescimento de 3,9% na produção na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o maior avanço do País, à frente de Santa Catarina (3,5%) e Espírito Santo (3,1%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na semana passada.
O resultado do Paraná ficou bem acima do registrado pelo Brasil no período, com avanço bem mais tímido, de 0,8%. Em relação a julho do ano passado, a produção industrial paranaense cresceu 2,8% e na comparação com junho, com ajuste sazonal, o avanço foi de 2,3%.
O crescimento registrado nos últimos meses marca a retomada da indústria do Estado, depois de um ano com queda na produção por conta da crise econômica. Em 2016, a indústria estadual fechou com queda de 4,3% na produção.
MÁQUINAS E AUTOMÓVEIS – Em 2017, a indústria paranaense vem sendo impulsionada principalmente pela produção de máquinas e automóveis. No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2016, a fabricação de máquinas e equipamentos registrou alta de 71,3% e de veículos automotores, reboques e carrocerias apurou crescimento de 12,9%. Outro destaque foi a fabricação de bebidas, com crescimento de 5,7%.
De acordo com Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), a indústria automotiva vem aumentando a produção para o mercado interno, mas principalmente para as exportações, em especial para a Argentina.
No acumulado de janeiro a julho, as exportações de automóveis do Paraná para a Argentina somaram US$ 442,7 milhões, 70,6% mais do que no mesmo período do ano passado. “O setor de máquinas cresce, por sua vez, com a venda de bens de capital para o agronegócio, setor que é um ponto fora da curva e que cresceu mesmo durante a crise”, acrescenta. O setor de bebidas, de acordo com ele, ganhou impulso com os investimentos no setor cervejeiro no Estado.
Para Suzuki Júnior, a tendência é de continuidade do crescimento da indústria nos próximos meses e com reflexo na geração de empregos. “O setor já vem sendo um destaque na criação de vagas e deve manter essa trajetória”, afirma. (Com AEN)