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Governador participou ontem de evento que marcou os 20 anos de lançamento de ações da Copel na Bolsa de Nova York. Compromisso faz parte da agenda internacional que incluiu encontros no Canadá e que segue nos Estados Unidos até quinta-feira
O governador Beto Richa (PSDB) defendeu ontem que as empresas públicas paranaenses continuem sob o comando do Estado. Segundo ele, no Paraná não há necessidade de privatizar estatais. “Temos empresas sólidas”, destacou durante o Copel Day, evento que marcou os 20 anos do lançamento de ações da empresa paranaense na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
Richa participou do Closing Bell, cerimônia do encerramento das atividades diárias do maior centro financeiro do planeta, juntamente com o presidente da Copel, Antônio Guetter. A empresa foi a sexta companhia brasileira – a primeira do setor de energia elétrica do País – a ter ações negociadas em Nova York, em 1997. Além do encerramento do pregão, Richa fez uma apresentação sobre a estatal na bolsa. “A Copel é nosso maior orgulho, nossa maior e mais respeitada empresa”, disse o governador.
Na entrada da instituição, ficaram hasteadas a bandeira do Brasil e do Estado do Paraná. “Se o hoje o Paraná é o segundo Estado mais competitivo do Brasil, como aponta a conceituada revista The Economist, isto se deve em grande parte à infraestrutura de energia implantada e gerida pela Copel, que é fundamental para o desenvolvimento de nossa economia”, destacou o governador.
GESTÃO FINANCEIRA – O presidente da Copel explicou que a negociação das ações na Bolsa de Nova York ajudaram a melhorar a gestão financeira da companhia. “Os 20 anos de presença na bolsa norte-americana têm mais do que um significado simbólico”, afirmou Guetter. “Além de possibilitarem a expansão de nossa atuação nas últimas duas décadas, as rígidas exigências de governança da NYSE para as empresas listadas modelaram a gestão financeira e a governança corporativa da Copel, que hoje é uma referência nestes dois aspectos”, explicou.
PIONEIRISMO – As ações da Copel começaram a ser negociadas em Wall Street no dia 30 de julho de 1997. Naquela data, a empresa paranaense efetuou uma emissão primária de ações preferenciais (IPO – Initial Public Offer) no valor equivalente a US$ 580 milhões, a maior emissão feita até então por uma empresa latino-americana naquela bolsa.
Em 2002, o escândalo de fraudes contábeis envolvendo a Enron e outras empresas levou à publicação da Lei Sarbanes-Oxley, uma rígida regulamentação imposta a todas as empresas listadas na NYSE, exigindo maior transparência nas divulgações de resultados e implantação de regras de governança.
“A adequação da Copel à rigorosa legislação norte-americana fez com que adotássemos, com grande antecipação, várias medidas de integridade e contra a corrupção que hoje vem sendo exigidas das empresas brasileiras”, explicou Guetter.
PRESENTES – No evento, o governador trocou presentes com a cônsul-geral do Brasil em Nova York, Ana Lucy Cabral Petersen e a chefe global das empresas listadas na Bolsa de Nova York, Chris Taylor. Ele distribuiu lembranças que remetem ao Paraná: um cubo de cristal Bacarat com a inscrição de uma araucária, gravuras do artista curitibano Poty Lazzarotto e fotos das Cataratas do Iguaçu do fotógrafo Carlos Renato Fernandes.
AGENDA – Richa e a diretoria da Copel também participaram de um almoço com investidores na sede da bolsa. Durante a semana, eles se encontrarão com representantes de bancos e fundos de investimentos norte-americanos para exposição e discussão dos planos de negócios da companhia.
Ainda em Nova York, eles participarão de um encontro com acionistas do Grupo Itaú hoje. Amanhã, a comitiva irá a Boston para reuniões na Wellington Management e na Fidelity Investments, que têm participação na Copel, e na Boston Company Asset Management. (Com AEN)