Divulgação
Os profissionais atuarão na cidade por três anos. Eles são cubanos e irão preencher as vagas desocupadas por outros profissionais que já retornaram para Cuba
A governadora em exercício Cida Borghetti (PP) recepcionou hoje os 34 profissionais do programa Mais Médicos que atuarão, nos próximos três anos, em 18 municípios paranaenses. Os médicos são cubanos e irão preencher as vagas desocupadas por outros profissionais que já retornaram para Cuba. O programa do governo federal, com apoio de estados e municípios, busca a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os médicos do programa atuam na atenção primária à saúde, principalmente em lugares onde há escassez de profissionais. “A atenção primária é a porta de entrada dos pacientes. Esses profissionais, que deixaram suas famílias e seu país para atuarem no Paraná, exercem um trabalho importante de prevenção e atendimento às famílias, uma das formas mais eficazes de salvar vidas”, disse a governadora. “Já pudemos observar, nos últimos anos, o comprometimento dos profissionais do Mais Médicos com a saúde pública. É um conforto saber que os paranaenses estão em boas mãos”, afirmou.
CIDADES – Ponta Grossa, nos Campos Gerais, receberá 14 profissionais. As cidades de Mallet, Ibiporã e Carambeí terão dois médicos cada para atender a população. Já os municípios de Andirá, Borrazópolis, Cafelândia, Cianorte, Cornélio Procópio, Enéas Marques, Jaboti, Laranjeiras do Sul, Paiçandu, Pato Branco, Piraí do Sul, Salto do Itararé, Sengés e Tamboara receberão um médico cada.
315 MUNICÍPIOS – O Paraná possui 1.055 vagas para os profissionais do Mais Médicos em 315 municípios. Destas, 141 estão desocupadas e serão preenchidas com os profissionais que chegaram hoje e com outros que estão em processo de seleção. O Ministério da Saúde está com um edital em curso para contratar brasileiros formados no exterior.
“Os profissionais vêm para trabalhar na atenção básica nas unidades de saúde e junto com as equipes de estratégia da família, visitando as pessoas em suas casas”, explicou a analista de Políticas Sociais do Ministério da Saúde, Dressiane Zanardi. “O diferencial do programa é que não há necessidade de grandes investimentos em equipamentos ou infraestrutura, o foco é no trabalho do profissional”, disse.
Para o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, o reforço de profissionais é essencial para garantir um bom cuidados aos paranaenses. “A Secretaria da Saúde participa da integração desses médicos, apresentando as redes de saúde e dando o apoio estratégico ao programa. As prefeituras também têm as suas obrigações porque sabem o valor do médico. Muitos municípios não conseguem atrair esses profissionais com o concurso público”, afirmou.
MAIS MÉDICOS – O programa Mais Médicos completou quatro anos de existência. Nesse período, 18.240 médicos passaram a atuar em 4.058 municípios (73% dos municípios brasileiros) e nos 34 distritos de saúde indígenas. Os profissionais trabalham com cerca de 63 milhões de brasileiros que não contavam com o atendimento médico.
Além de levar médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais, o programa também prevê mais investimentos para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde, novas vagas de graduação e residência médica para qualificar a formação desses profissionais.
A prefeita em exercício de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (PSB), destacou o trabalho que os profissionais do programa desenvolvem no município. “Os municípios precisam muito de ajuda porque nossas necessidades são imensas na área da saúde. Os profissionais do Mais Médicos garantem a universalização da saúde. Eles são muito aguardados e bem recebidos pela comunidade”, afirmou.
Ponta Grossa foi a cidade que proporcionalmente mais recebeu profissionais do programa no país, totalizando 60.
A médica cubana Olga Reyes Mur, que vai coordenar o Mais Médicos no Paraná, explicou que os profissionais chegam ao Brasil preparados para o atendimento das famílias, principalmente de crianças, idosos e gestantes. “Quando estamos na faculdade, nos falam que precisamos ajudar os países que mais precisam. Nós gostamos de praticar nossa medicina neste País, é muito bonita a experiência”, disse.
“Os médicos que ficaram aqui três anos e já voltaram a Cuba ficaram muito felizes com a experiência. Os que estão chegando hoje estão preparados para a possibilidade de ajudar, ganhar experiência e fazer coisas boas para a população em suas cidades”, afirmou.
NO ESTADO – O Governo do Estado já aplicou R$ 15 bilhões em ações e serviços de saúde nos últimos seis anos. Somente no primeiro quadrimestre deste ano foram aplicados R$ 1,2 bilhão na área. Um dos destaque é o apoio à atenção primária de saúde, que inclui o atendimento nas unidades básicas, campanhas de vacinação, pré-natal, atendimento aos pacientes com diabetes e hipertensão, distribuição de medicamentos básicos e atuação de profissionais das áreas de enfermagem, nutrição, terapia ocupacional, entre outras.
Desde 2011, o Governo do Estado destinou cerca de R$ 193 milhões para a construção, reforma e ampliação de 529 unidades de saúde, além do repasse de R$ 60 milhões para equipar as unidades. Os profissionais são capacitados para atuar nas redes de atenção da Secretaria da Saúde, inclusive os que atuam no Mais Médicos.
Através do programa APSUS, que busca ampliar a qualidade da atenção primária do Paraná, o Estado destina recursos às prefeituras para qualificar o atendimento ao cidadão. O programa também aprimorou a gestão das unidades de saúde para melhorar os serviços prestados, modificando os modelos de gerenciamento de riscos, processos e resultados. (Com AEN)