3 de setembro de 2024

VBP 2023: confira as cidades campeãs de 22 culturas do agronegócio paranaense

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Além de mostrar que 35 municípios do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão, o documento mostra os êxitos e potenciais de cada cidade em cada cadeia produtiva.

O esforço na identificação e no fortalecimento das culturas agropecuárias mais apropriadas ao cultivo e mais rentáveis em cada município pode garantir, além de maior volume de alimentos, mais recursos para investimento. São elas que normalmente elevam o Valor Bruto da Produção (VBP), que tem peso de 8% na formação da cota-parte do ICMS para a constituição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o principal repassador de recursos para muitos dos municípios brasileiros.

relatório final relativo à 2023, elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), foi publicado no final de agosto. Além de mostrar que 35 municípios do Paraná têm Valor Bruto da Produção Agropecuária superior a R$ 1 bilhão, o documento mostra os êxitos e potenciais de cada cidade em cada cadeia produtiva.

O município de Toledo, no Oeste, detém o maior VBP individual do Estado – cerca de R$ 4,6 bilhões – e lidera duas das cadeias mais importantes da pecuária, além do milho de segunda safra. Ele é primeiro em suínos para corte, com R$ 1,3 bilhão de VBP e 1,9 milhão de toneladas, seguido de Santa Helena (R$ 560,9 milhões/798 mil toneladas de carne) e Missal (R$ 481,7 milhões/604,7 mil toneladas), todos na mesma região.

Também está na liderança em produção de frango, com R$ 917,6 milhões para 66,3 mil toneladas de carne. A seguir aparece Assis Chateaubriand, também no Oeste, com R$ 795 milhões para 52,5 mil toneladas, e Cianorte, no Noroeste, que produziu 49,3 mil toneladas e teve VBP de R$ 768,8 milhões.

Em milho, Toledo colheu 520 mil toneladas com rendimento financeiro de R$ 406 milhões na segunda safra, que é a mais produtiva no Paraná. O segundo lugar ficou com Assis Chateaubriand (R$ 385,3 milhões e 493,5 mil toneladas). Já o milho de primeira safra deu destaque a Guarapuava, com R$ 199,5 milhões e 212 mil toneladas, e Castro, com R$ 158 milhões e 168 mil toneladas.

Guarapuava é líder também em batata tanto de primeira safra (69,6 mil toneladas para R$ 172,5 milhões) quanto na segunda safra (60,2 mil toneladas/R$ 113,5 milhões). Mudam os segundos lugares. Enquanto na primeira é ocupado por Contenda, com 53,6 mil toneladas e R$ 133 milhões, na segunda prevalece Pinhão, com 52,4 mil toneladas e R$ 98,8 milhões.

A primeira safra de feijão preenche mais os campos do Centro-Sul, com Irati à frente, colhendo 20,7 mil toneladas em 2023, que renderam R$ 104,6 milhões. É seguido de Prudentópolis (15,2 mil toneladas/R$ 76,8 milhões). Na segunda safra o destaque ficou para Vitorino, no Sudoeste, que colheu 18,9 mil toneladas e teve VBP de R$ 69,4 milhões, e Pato Branco, com 17,1 mil toneladas e R$ 62,8 de rendimento financeiro.

Na soja, principal cultura do Estado, o maior produtor foi Cascavel, no Oeste, com 451,6 mil toneladas e R$ 986 milhões de VBP, seguido por Tibagi (407,4 mil toneladas/R$ 889,4 milhões) e Guarapuava (318,3 mil toneladas/R$ 695 milhões).

LEITE, CEVADA E TRIGO – A região dos Campos Gerais tem no leite uma das produções mais conhecidas. Castro é o líder, com 468,6 milhões de litros no ano passado e R$ 1,2 bilhão de VBP. É seguido de Carambeí (271,7 milhões de litros/R$ 693 milhões) e Arapoti (115,2 milhões de litros/R$ 293,8 milhões).

Na cevada a liderança foi de Guarapuava, no Centro-Sul, com 44,4 mil toneladas e R$ 59,9 milhões em rendimento monetário. Mas a segunda colocação ficou com Tibagi (24,9 mil toneladas/R$ 33,7 milhões), dos Campos Gerais.

No trigo, outro cereal de grande produção no Paraná, Tibagi novamente aparece como segundo, com colheita de 92,5 mil toneladas no ano passado e rendimento financeiro de R$ 94,4 milhões. Vem atrás de Cascavel, que colheu 94,1 mil toneladas e teve VBP de R$ 96,1 milhões, e à frente de Luiziana, no Centro-Oeste, com 77,5 mil toneladas e R$ 79,1 milhões.

NOROESTE – Os municípios do Noroeste do Estado são os maiores produtores de boi gordo para corte, liderando as seis primeiras colocações. O destaque ficou com Umuarama em 2023, com 50,9 toneladas, refletindo em VBP de R$ 253,6 milhões, e Alto Paraíso, com 27,6 toneladas e R$ 126,8 milhões.

A laranja também frutifica bastante na região, que abriga os sete maiores produtores. Paranavaí manteve a dianteira, com 184 mil toneladas e rendimento financeiro de R$ 189,1 milhões. Alto Paraná ocupou a segunda posição, com 95 mil toneladas e R$ 97,6 milhões em Valor Bruto.

A cana-de-açúcar tem igualmente espaço no Noroeste, com Colorado em destaque, produzindo 1,2 milhão de toneladas, o que rendeu R$ 147,7 milhões. A segunda colocação deslocou-se para o Norte Pioneiro, aparecendo o município de Jacarezinho, com 1,1 milhão de toneladas e R$ 135,1 milhões. Mas a partir da terceira até a oitava colocação retornou o Noroeste: Paranavaí, Santo Inácio, Tapejara, Cianorte, Paranacity e Rondon.

A sericicultura também ganhou projeção na região, destacando-se Nova Esperança (138,8 toneladas de casulos e R$ 4,1 milhões), seguido de Diamante do Sul (83,3 toneladas e R$ 2,5 milhões). O Norte-Pioneiro continua sendo local privilegiado para a produção de café. Carlópolis é o líder, com 9 mil toneladas e R$ 117,8 milhões, seguido de Pinhalão (4 mil toneladas/R$ 53 milhões) e Ibaiti (2,9 mil toneladas/R$ 37,9 milhões).

MORANGO E MATE – O morango também é cultura forte no Norte Pioneiro, com liderança de Jaboti, que produziu 4,4 mil toneladas em 2023, rendendo R$ 69,7 milhões. Mas a fruta igualmente faz sucesso entre produtores da Região Metropolitana de Curitiba, onde se sobressaem São José dos Pinhais (4 mil toneladas/R$ 63,4 milhões) e Araucária (3,8 mil toneladas/R$ 60,8 milhões).

Entre os principais produtos do Estado, a erva-mate domina no Sul, com Cruz Machado (140 mil toneladas/R$ 215,1 milhões), São Mateus do Sul (125 mil toneladas/R$ 192 milhões) e Bituruna (81 mil toneladas/R$ 124,4 milhões) protagonizando no ano passado.

TILÁPIA – O Oeste detém a primazia em produção de tilápia, principal espécie de peixe no Paraná. Nova Aurora liderou em 2023, com 19,5 mil toneladas e R$ 179,4 milhões em VBP, seguido de Palotina (15,2 mil toneladas/R$ 139,8 milhões) e Assis Chateaubriand (14,6 mil toneladas/R$ 134,5 milhões).

PAPEL E CELULOSE – A produção de papel e celulose é mais concentrada na região dos Campos Gerais, com destaque para Telêmaco Borba, que retirou 1,7 milhão de metros cúbicos no ano passado, com R$ 177,2 milhões em Valor Bruto, e Ortigueira, que produziu 1,3 milhão de metros cúbicos, rendendo R$ 136,7 milhões. Mas o terceiro lugar ficou com General Carneiro, no Sul, com 1 milhão de metros cúbicos e R$ 106,2 milhões em VBP.

OVOS – Os ovos de consumo são produzidos em grande escala em várias regiões do Estado. No ano passado a liderança ficou com Arapongas, no Norte, com 35,7 milhões de dúzias e R$ 173,5 milhões de rendimento. O segundo lugar foi de Santo Antônio do Sudoeste, produzindo 17,9 milhões de dúzias e R$ 87,2 milhões em VBP, enquanto Cruzeiro do Sul, no Noroeste, ficou em terceiro, com 16,5 milhões de dúzias e valor de R$ 80,3 milhões. (Com informações da AEN)

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO POR CULTURA:

 Produção de suínos:

1º – Toledo.
2º – Santa Helena.

Produção de aves:

1º – Toledo.
2º – Assis Chateaubriand.

Milho – segunda safra:

1º – Toledo.
2° – Assis Chateaubriand.

Milho – primeira safra:

1º – Guarapuava.
2º – Castro.

Batata – primeira safra:

1º – Guarapuava.
2º – Contenda.

Batata – segunda safra:

1º – Guarapuava.
2º – Pinhão.

Feijão – primeira safra:

1º – Irati.
2º – Prudentópolis.

Feijão – segunda safra:

1º – Vitorino.
2º – Pato Branco.

Leite:

1º – Castro.
2º – Carambeí.

Cevada:

1º – Guarapuava.
2º – Tibagi.

Soja:

1° – Cascavel.
2º – Tibagi.

Trigo:

1º – Cascavel.
2º – Tibagi.

Produção bovina:

1º – Umuarama.
2º – Alto Paraíso.

Laranja:

1º – Paranavaí.
2º – Alto Paraná.

Cana-de-açúcar:

1º – Colorado.
2º – Jacarezinho.

Sericicultura:

1º – Nova Esperança.
2º – Diamante do Sul.

Café:

1º – Carlópolis.
2º – Pinhalão.

Morango:

1º – Jaboti.
2º – São José dos Pinhais.

Erva-mate:

1º – Cruz Machado.
2º – São Mateus do Sul.

Tilápia:

1º – Nova Aurora.
2º – Palotina.

Papel e celulose:

1º – Telêmaco Borba.
2º – Ortigueira.

Ovos:

1º – Arapongas.
2º – Santo Antônio do Sudoeste.


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