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Um alerta vermelho acendeu no Palácio Iguaçu, que acompanha com atenção a movimentação política em Ponta Grossa. Segundo fontes do Centro Cívico, a prefeita Elizabeth Schmidt estaria dando sinais de recuperação, enquanto Rangel não decola. Isso fará com que o governador Ratinho Júnior fique de fora no primeiro turno da eleição na cidade e uma reaproximação com Elizabeth não está descartada.
Faz quase quatro meses que deputado estadual e ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD) rompeu com a prefeita Elizabeth Schmidt (União) e anunciou a sua pré-candidatura à prefeito de Ponta Grossa com o apoio do governador Ratinho Júnior (PSD). Rangel foi prefeito de 2013 a 2020, o segundo mandato tendo Elizabeth como sua vice e elegendo-a sua sucessora.
Acontece que Rangel não tem conseguido descolar da sua antiga “casca de bala”. Nas redes sociais e na emissora de rádio da sua família, Rangel e Elizabeth trocam alfinetadas, críticas e acusações, o que faz a população se perguntar porque uma parceria de nove anos agora é ruim?
Rangel tenta pegar ‘carona’ nas obras e anúncios feitos pelo Governo do Estado para a cidade. Dois eventos da sua pré-campanha foram um fiasco. Uma entrevista coletiva que iria anunciar a instalação de um Hospital do Câncer, fruto de uma parceria entre o Governo do Estado e Prefeitura com a Santa Casa de Misericórdia, e a promessa de R$ 15 milhões em emendas parlamentares de sua autoria e do seu irmão, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística Sandro Alex, para a compra de equipamentos. O anúncio da instalação do Hospital foi feito dias antes pela prefeita.
Na última semana Marcelo Rangel promoveu um evento de lançamento da sua pré-candidatura no Espaço Ponta Grossa, na região central da cidade, fechado para a imprensa e o público. Foi recepcionado sob protestos de professores e estudantes após ter votado favorável à proposta do Governo do Estado de “privatização” das escolas.
Na entrevista coletiva nem o seu irmão participou e no lançamento da sua pré-campanha, somente Sandro Alex esteve presente. O governador, secretários de Estado e deputados que prometeram marcar presença, não apareceram.
A divisão do seu grupo na cidade preocupa o governador Ratinho Júnior, que demonstrou simpatia com a prefeita Elizabeth Schmidt na inauguração da Maltaria dos Campos Gerais, gravando um vídeo ao seu lado enaltecendo a obra, mesmo após ter feito a opção de apoio a Rangel e recebido críticas da prefeita.
O cenário da eleição municipal ainda é de indefinição. O grupo do ex-prefeito Jocelito Canto ‘cozinha o galo’. Pode lançar uma das suas duas filhas, a deputada estadual Mabel Canto (PSDB), favorita na disputa, ou a vereadora Joce Canto (PP). Mabel está relutante e já anunciou que não será candidata. E Joce não emplaca. O grupo Jocelito pode ficar neutro ou apoiar outro candidato, como o deputado federal Aliel Machado (PV) na disputa pela Prefeitura.
Um alerta vermelho acendeu no Palácio Iguaçu, que acompanha com atenção a movimentação política em Ponta Grossa. Segundo fontes do Centro Cívico, a prefeita Elizabeth Schmidt estaria dando sinais de recuperação, enquanto Rangel não decola. Isso fará com que o governador Ratinho Júnior fique de fora no primeiro turno da eleição na cidade e uma reaproximação com Elizabeth não está descartada.