ESPECIAL UEPG 55 ANOS

27 de novembro de 2023

Inovação e pesquisa estão no DNA da UEPG

A Universidade Estadual de Ponta Grossa tem os pesquisadores mais influentes do mundo e desenvolve pesquisas inovadoras que trazem soluções para problemas atuais.

Cíntia Capri, especial para o Blog do Johnny.

O que tem em comum as técnicas de plantio direto, a ocorrência de tornados, a cigarrinha do milho e a possibilidade de vida fora do planeta Terra?
Todos estes assuntos são temas de estudos científicos desenvolvidos dentro da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Existem outras diversas pesquisas publicadas ou em andamento que colocam a UEPG lado a lado com as grandes universidades do mundo.

RELEVÂNCIA INTERNACIONAL – Quando um estudo é publicado em revistas renomadas e citado por outros cientistas, ganha relevância. Alessandro Loguercio, do departamento de Odontologia da UEPG e outros dois professores – Luiz Fernando Pires, do Departamento de Física, e Alessandra Reis, do Departamento de Odontologia – estão entre os pesquisadores mais influentes do mundo, segundo o ranking Updated science-wide author databases of standardized citation indicators, publicado pela Editora Elsevier. Loguercio diz que “o mundo começou a se dar conta de que a pesquisa é algo muito importante”.

PESQUISA DE SOLUÇÕES – Ao contrário do que muita gente imagina, a pesquisa científica não é algo que fica só no papel. O objetivo é sempre resolver um problema que afeta, de alguma forma, as pessoas.
O professor Loguercio afirma que as pesquisas que desenvolve servem trazer soluções. “O mais importante na vida de um pesquisador é a gente estar tentando descobrir alguma coisa que lá na frente vai ajudar, no meu caso, os dentistas e os pacientes que vão ser atendidos”, completa.

Orcial Bortolotto, professor do curso de Agronomia, é um dos responsáveis pela identificação de uma nova praga que atinge as lavouras: a cigarrinha africana do milho. | Foto: Fernando Trentim – Blog do Johnny.

REDUÇÃO DO EFEITO ESTUFA – O plantio direto é um dos temas mais antigos estudados pelos pesquisadores da UEPG. Hoje sabe-se que além de ser uma das técnicas mais eficientes na proteção do solo e nos bons resultados das safras de grãos, também reduz a emissão de gás carbônico na atmosfera. “Acaba contribuindo na redução do efeito estufa que causa o aquecimento global e estes fenômenos que a gente observa em diversas regiões”, explica o professor Orcial Bortolotto, do curso de Agronomia. Bortolotto também é um dos responsáveis pela identificação de uma nova praga que atinge as lavouras de milho no Brasil. A cigarrinha africana do milho, pode trazer consequências sérias para a produção agrícola. No entanto, já há uma rede de pesquisa para descobrir formas de controle e evitar maiores danos.

Pesquisa inédita da UEPG revela que a região sul do Brasil concentra 70% das ocorrências de tornados do país. | Foto: Divulgação.

PREVENÇÃO A DESASTRES NATURAIS – A região sul do Brasil concentra 70% das ocorrências de tornados do país. Essa foi a descoberta dos alunos do curso de Geografia da UEPG, a partir de um estudo inédito que mapeia a ocorrência de tornados. O banco de dados é capaz de possibilitar a identificação da origem do fenômeno, determinar quais são as áreas de recorrência, a direção que os tornados costumam percorrer e os períodos que eles mais acontecem. “Isso nos auxilia muito na prevenção e planejamento para a minimização de desastres”, esclarece a pesquisadora e professora Karin Hornes, uma das responsáveis pela pesquisa.

VIDA FORA DO PLANETA TERRA – O Departamento de Geociências da UEPG comemora grandes descobertas que colocaram a UEPG no mapa da astronomia internacional. Uma delas foi em 2017, quando pesquisadores da UEPG descobriram um exoplaneta – um planeta fora do Sistema Solar.
Marcelo Emilio, diretor do Observatório Astronômico da UEPG, é um dos cientistas que participaram da conquista. Ele também fez parte do grupo que mediu o tamanho do Sol com base no tempo de trânsito de Vênus e Mercúrio. Agora, trabalha, juntamente com outros pesquisadores, na tentativa de encontrar vida fora da Terra. “Quando a gente fala ‘vida’ não são homenzinhos verdes. A gente está tentando descobrir moléculas orgânicas que podem dar origem à vida”, afirma. (Publieditorial)

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