2 de junho de 2023

Estudo aponta perfil da inadimplência e defasagem do IPTU em PG

Divulgação

O levantamento constata, entre outros números, que 75% dos contribuintes deixam de pagar valores de até R$ 200 de imposto anual.

A Prefeitura de Ponta Grossa, através da Secretaria da Fazenda, divulgou ontem, 1º, um levantamento que aponta o perfil do contribuinte inadimplente do IPTU 2023 em Ponta Grossa, por valor e categoria. O secretário da Fazenda, Cláudio Grokoviski explicou que através de intervalos de frequência, que são apontados na planilha em anexo, é possível verificar que dos 75.688 contribuintes atualmente omissos, 57.004 tem valores de IPTU de até R$ 200,00 a pagar, representando 75% dos contribuintes. “Somados, os valores não recolhidos passam de R$ 5,8 milhões até a parcela 3 que venceu no último de 22. Se estes mesmos contribuintes tivessem optado pelo parcelamento em 10 vezes estariam pagando até R$ 20,00 mensais”, destacou o secretário, afirmando que “são valores que caberiam no orçamento familiar destes contribuintes que possuem imóveis na cidade, mantendo assim a regularidade com o imposto e contribuindo com o Município”.

O estudo aponta também que pouco mais de 15 mil contribuintes têm entre R$ 201,00 e R$ 500,00 reais a pagar de imposto. Isso representa 20% dos cadastros de contribuintes inadimplentes num valor superior a R$ 4,4 milhões.

Cláudio Grokoviski aponta que é possível verificar também que a soma dos contribuintes que devem acima de R$ 500,00, representa apenas 5% do total de cadastros inadimplentes, ou seja: 3.654 contribuintes. Isso representa aproximadamente 30% do valor total dos débitos em aberto que se aproximam de R$ 4,2 milhões.

“Temos o menor valor de IPTU entre as grandes cidades, valores menores que R$ 200,00 por ano, uma Planta Genérica defasada há mais de 24 anos, e mesmo assim as pessoas deixam de pagar seus impostos”, lamenta Grokoviski.

Nº de cadastros  Valor
0,00 – 200,00 57004     5.886.464,47
200,01 – 500,00 15030     4.401.454,98
500,01 – 1.000,00 2644     1.762.145,65
1000,01 – 2.000,00 724        970.202,91
2000,01 – 5.000,00 223        664.181,52
Acima de 5.000,00 63        801.112,48
Total 75688  14.485.562,01

O levantamento aponta também a inadimplência levando em consideração cada categoria de cadastros. Nesse recorte, a maior inadimplência está nos cadastros residenciais (casas e apartamentos), com 63.428 contribuintes que ainda não pagaram o IPTU 2023, totalizando mais de R$ 10,5 milhões que deixaram de ser pagos. A inadimplência também é alta entre os imóveis cadastrados como comércio. Quase 2 mil contribuintes nessa categoria ainda não efetuaram o pagamento do tributo.

O secretário destaca a importância do IPTU para fazer frente às ações da Prefeitura de Ponta Grossa. “Esses recursos ajudam a manter vários serviços da Prefeitura. Um percentual de 25% é destinado à Educação, 22% vai para investimentos na área de saúde e 53% para fazer frente às outras ações de governo. Se a Prefeitura fosse uma empresa, certamente não sobreviveria com uma inadimplência tão alta” finaliza Grokoviski.

Categoria Nº de cadastros  Valor
Territorial 9521     1.506.060,69
Residencial 63428   10.831.195,78
Prestação de Serviços 477        276.539,88
Instituições 286        442.297,32
Industrias 52        258.510,45
Comércio 1924     1.170.957,89
Total 75688  14.485.562,01

O levantamento aponta também a defasagem do IPTU em Ponta Grossa, em relação a cidades do mesmo porte. A comparação usou como base os dados do IPTU 2022, e pode ser constatada no quadro abaixo. (Com assessoria)

Município Valor Arrecadado População Valor per-capita Cadastros Valor médio do IPTU por cadastros
Londrina 397.623.940,74 580.870 684,53 271.353 1.465,34
Maringá 256.444.664,01 436.472 587,54 185.000 1.386,19
Cascavel 93.795.894,34 336.073 279,09 161.000 582,58
Ponta Grossa 86.878.549,67 358.838 242,11 164.000 529,75

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