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Estudo faz parte de caderno divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), que também publicou infográficos e o Diagnóstico Agropecuário Paranaense. O resultado do ano passado, em termos nominais, foi 41% superior ao montante de 2020, que tinha sido, até então, o maior já registrado.
A economia do Paraná voltou a crescer e registrou um avanço de 2,5% no primeiro trimestre de 2017, em relação ao mesmo período do ano passado. No fim de março, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado somava R$ 106,95 bilhões. O resultado do Paraná foi divulgado ontem, pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
O desempenho paranaense, fortemente influenciado pela agropecuária, foi bem superior à média da economia brasileira. De acordo com dados divulgados pelo IBGE no início de junho, o PIB do Brasil registrou retração de 0,4% na mesma base de comparação.
O resultado do trimestre marca a retomada do crescimento da economia do Estado, depois de oito trimestres de queda. Em 2016, o PIB do Estado fechou com queda de 2,6%. “A recuperação da economia do Paraná é mais vigorosa e mais clara do que a brasileira e mostra que veio para ficar nesse ano. Um dos reflexos dessa melhora está no crescimento no ritmo de geração de vagas no Estado nos últimos cinco meses”, diz Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes.
NOVA METOLODOLOGIA – Dos R$ 106,95 bilhões do primeiro trimestre, R$ 92,97 bilhões equivalem ao valor adicionado a preços de mercado e R$ 13,99 bilhões aos impostos.
Essa é a primeira divulgação do PIB feita pelo Ipardes já com a nova metodologia de cálculo, que desagrega o PIB em valor adicionado (sem impostos) e com impostos. É também a primeira vez em que se passa a divulgar o valor do PIB trimestral em valores correntes. Outra mudança é a ampliação das atividades pesquisadas de 18 para 81.
AGROPECUÁRIA – Graças à supersafra de grãos, a agropecuária registrou o maior avanço entre as atividades, com alta de 14,6% em relação a igual período do ano anterior. A indústria apresentou expansão de 3,1%. O valor adicionado de serviços caiu 0,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
“O resultado da agropecuária foi positivamente influenciado pelo desempenho da agricultura, principalmente da produção de soja e milho, com contribuições relevantes da avicultura e da suinocultura”, diz Suzuki Júnior.
INDÚSTRIA E SERVIÇOS – Já a indústria teve seu crescimento calcado na fabricação de máquinas e equipamentos, veículos automotores e produtos alimentícios. A retração no setor de serviços foi provocada pela queda nas atividades financeiras e pela diminuição do volume de vendas do comércio.
Para Roberto Zurcher, economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), a indústria ligada à produção agropecuária se beneficiou da supersafra e a expectativa é de melhora para o setor.
“Esse será o primeiro ano, depois da crise, que os números da indústria devem parar de cair. Ao final de 2017 já teremos alguns números positivos para a indústria”, diz. De acordo com ele, as exportações de produtos de material de transporte foi um dos destaques do setor nos primeiros meses do ano, principalmente para Argentina e Estados Unidos.
Para o presidente do Ipardes, a principal vantagem do Paraná em relação ao Brasil está no crescimento não apenas da agropecuária, mas também da indústria. Ele ressalta que o setor de serviços, apesar do resultado negativo, vem apresentando melhora mês a mês. “Assim que esse índice ficar positivo teremos taxas de crescimento do PIB do Paraná ainda mais robustas”, afirma. (Com AEN)