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Somente o Tesouro do Estado empenhou R$ 685 milhões diretamente (43% do total) em ações como a abertura de hospitais, leitos e a compra de medicamentos e insumos. O restante veio de repasses da União, doações, outras fontes e arrecadações.
Há dois anos o Paraná confirmava os primeiros casos da Covid-19. Pandemia que abalou o mundo, transformou rotinas e distanciou pessoas. Alguns pequenos cidadãos só conhecem a vida dentro do “novo normal”, mas o sucesso da vacinação, embalada no último ano, indica que a luz no fim do túnel está cada vez mais próxima, a ponto do Governo do Estado planejar a flexibilização do uso de máscaras faciais em ambientes ao ar livre – definição que será feita pelo comitê de estudos científicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com base nos indicadores relacionados à doença.
E ao longo de toda essa história, que obrigou o Estado a adotar estratégias como a abertura de mais de 2 mil leitos de UTI e entrega de três hospitais regionais, o Governo do Estado não parou de investir na proteção da saúde dos paranaenses.
Esse combate diário representa um investimento de mais de R$ 1,6 bilhão até o momento, em diferentes fontes de recursos. Somente o Tesouro do Estado empenhou R$ 685 milhões diretamente (43% do total). O restante está em repasses transferidos pela União, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), doações e outras fontes e arrecadações.
Seguindo a determinação do governador Ratinho Junior (PSD) de aplicar os recursos de maneira descentralizada, dentro da estratégia de atender as pessoas perto das suas casas, a Secretaria de Estado da Saúde investiu o dinheiro na construção de hospitais, abertura e remanejamento de leitos de UTI, custeio da rede de apoio nos hospitais privados e filantrópicos, novas enfermarias, contratação de profissionais e a compra de medicamentos, insumos e equipamentos, sempre de maneira organizada e com acompanhamento dos órgãos de controle interno.
“Não tem como ter sucesso numa pandemia, mas eu acho que o Paraná conseguiu enfrentar melhor do que outras regiões do mundo porque fizemos um enfrentamento técnico, sem fazer da pandemia uma novela”, disse o governador. “Tivemos muito equilíbrio para tomar as decisões. Atuamos de maneira correta, não deixamos faltar nada aos 399 municípios e garantimos o cuidado das pessoas”.
“Em uma pandemia não há fórmula certa, mas tenho plena convicção que aqui no Paraná acertamos na condução da pandemia porque agimos olhando para a saúde dos paranaenses”, acrescentou.
A priorização do investimento em estruturas definitivas em detrimento a postos provisórios, como hospitais de campanha, deixará um robusto legado para a saúde pública do Paraná. Três hospitais regionais (Ivaiporã, Telêmaco Borba e Guarapuava) foram entregues em 2020, seis meses antes do previsto inicialmente. Essas estruturas tem leitos de UTI e enfermarias que servirão de referência para três importantes Regionais de Saúde.
Também houve reforço de alas novas nos hospitais universitários de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá, em um investimento que ultrapassou R$ 120 milhões. Eles abriram de maneira definitiva espaços que antes aguardavam por equipamentos e receberam mais leitos de UTI e de enfermaria, respondendo de maneira rápida a demanda das regiões mais populosas do Interior.
E na Capital o Complexo Hospitalar do Trabalhador ganhou um centro exclusivo de atendimento durante toda a pandemia (Hospital de Reabilitação) e mais alas na matriz, o Hospital do Trabalhador, onde ocorreria a cerimônia da primeira vacina contra a Covid-19 aplicada no Estado.
LEITOS – Essa reestruturação significativa refletiu de maneira imediata no número de leitos médicos destinados à população. Antes da pandemia, o Paraná possuía cerca de 1,2 mil leitos de UTI gerais no SUS, número que não crescia há cerca de 30 anos. Para atendimento à Covid-19, em poucos meses o Governo mais que dobrou este número, destinando 2 mil leitos exclusivos apenas para a doença no pico da pandemia no Estado.
A partir de agora, o Ministério da Saúde também habilitou 320 leitos de UTI que estavam destinados exclusivamente ao tratamento da Covid-19 para atendimento geral de maneira permanente no Paraná. As unidades tipo II adulto estão divididas em 21 hospitais de 16 municípios do Estado.
“Muitos leitos que foram criados para atendimento à Covid-19 não possuem garantia de permanência na Rede Estadual devido ao alto custo de manutenção das unidades. Mas algumas ficarão. Essas 320 UTIs, por exemplo, estarão à disposição da população para atendimentos eletivos ou de urgência e emergência”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Na prática, o conjunto de leitos – parte dos 1,4 mil criados e 600 incorporados pelo Governo do Estado para enfrentamento à Covid-19 entre UTIs e enfermarias – serão incluídos definitivamente na Rede Hospitalar do Paraná, e custeados com recursos federais.
“Isso significa que em dois anos de pandemia o Governo não só dobrou o número de leitos disponíveis no Estado todo, como também garantiu um aumento de quase um terço na Rede”, ressaltou Beto Preto. “Nesse momento difícil o Paraná mostrou capacidade de organização da rede de hospitais públicos, privados e filantrópicos, além das unidades menores dos municípios. A pandemia ainda não acabou, mas fizemos a nossa parte baseado naquilo que mais acreditamos: atendimento humanizado e rápido em todas as regiões do Estado”.
PAGAMENTOS – Os espaços criados para atender os infectados pela doença representaram outro ponto importante de investimento. Um relatório da Sesa desses dois anos aponta que o Governo do Estado aplicou R$ 586 milhões para custeio de UTIs e enfermarias. Outros R$ 62 milhões foram destinados para manter o estoque dos medicamentos que compõem o chamado kit intubação nos hospitais. (Com AEN)
VEJA O ORÇAMENTO DISPONIBILIZADO PELO GOVERNO DO PARANÁ PARA O COMBATE À COVID-19:
2020:
Fonte 255 – R$ 231.489.633,10.
Fonte 100 – R$ 317.694.872,59.
Fonte 263 – R$ 142.459.467,76.
Fonte 262 – R$ 525.113,29.
Total empenhado: R$ 692.169.086,74.
2021:
Fonte 255 – União/SUS – R$ 434.190.894,08.
Fonte 100 – Tesouro do Estado – R$ 327.670.502,79.
Fonte 263 – Transferências recebidas – R$ 96.856.561,20.
Fonte 258 – Arrecadação – R$ 14.913.123,18.
Fonte 130 – Fundo Estadual de Defesa do Consumidor – Fecon – R$ 4.171.298,62.
Fonte 262 – Serviços de saúde remunerados pelo SUS – R$ 259.365,98.
Fonte 113 – Fundo Especial de Segurança Pública – Funesp/PR – R$ 9.475,40.
Fonte 250 – Diretamente arrecadados – R$ 8.924,20.
Total empenhado: R$ 878.080.145,45.
2022
Empenhado até fevereiro – R$ 39.719.548,55.