Arquivo
Réu por assédio sexual e 'rachadinha', vereador foi denunciado em ação criminal proposta pelo Ministério Público.
A Câmara Municipal de Ponta Grossa voltou a rejeitar a denúncia para investigar o vereador Felipe Passos (PSDB), que virou novamente réu depois da Justiça aceitar uma denúncia criminal contra ele por “rachadinha” e assédio sexual e moral contra ex-servidores do seu gabinete.
Por 10 votos contra e 7 favoráveis, Câmara rejeita investigação contra o tucano. Confira como votou cada vereador:
CONTRA:
Celso Cieslak
Divo
Dr. Érick
Dr. Zeca
Filipe Chociai
Leandro Bianco
Léo Farmaceutico
Missionária Adriana
Pastor Ezequiel
Paulo Balancin
FAVOR:
Ede Pimentel
Izaias Salustiano
Jairton da Farmácia
Joce Canto
Josi do Coletivo
Júlio Küller
Professor Careca
Autor do pedido, o vereador Geraldo Stocco, que foi substituído na votação pelo seu suplente, Professor Careca (ambos do PSB), lamentou o arquivamento.
ENTENDA O CASO – Conforme denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), os supostos crimes ocorreram durante o primeiro mandato do vereador. Atualmente, Felipe Passos cumpre o segundo mandato na cidade. Cinco pessoas que trabalhavam com ele foram ouvidas neste processo, sendo que quatro denunciaram ter sofrido assédio sexual. O advogado Fernando Madureira, que representa o parlamentar no processo, afirmou que Felipe Passos é inocente de todas as acusações e que as mesmas são “oriundas de perseguições políticas”. A defesa ainda ressaltou que a aceitação da denúncia não significa que o vereador é culpado, mas sim o início de um processo em que poderão “provar a inocência” do parlamentar.
De acordo com o Ministério Público, Felipe Passos utilizou do cargo público para obter vantagem patrimonial. Ele também exigiu dinheiro, bens e pagamentos indevidos para indicar ou nomear servidores durante o primeiro e o atual mandato em Ponta Grossa, o que configura “rachadinha”. Segundo a investigação, há registros de servidores que mantiveram pagamentos mensais ao vereador durante todo o ano de 2020. O vereador, de acordo com o MP-PR, também assediava moralmente e sexualmente servidores subordinados, além de coagi-los a trabalhar durante a campanha eleitoral sem contraprestação ou registro. Ainda conforme a investigação, a conduta de Felipe Passos “causou dano ao erário”. Durante a apuração do caso, o Ministério Público ouviu servidores que atuaram junto ao parlamentar. Durante as investigações, o parlamentar chegou a ter os bens bloqueados.