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Chefe do Executivo também elencou prioridades e estratégias para o exercício de 2022.
A prefeita Elizabeth Schmidt (PSD) apresentou hoje, 02, a vereadores de sua base um plano de contingenciamento e as principais estratégias para manter o funcionamento da máquina para o exercício de 2022. Durante a reunião, a chefe do Executivo Municipal ressaltou as dificuldades econômicas que serão enfrentadas pela administração municipal neste ano, principalmente por conta da injustiça fiscal, que atrasa o desenvolvimento da cidade. “Há 23 anos não atualizamos o valor venal dos terrenos do Município. Isso é um verdadeiro atraso para Ponta Grossa, que fica bem atrás de outras cidades do mesmo porte porque mantém cobrança calculada nos anos 90 e que não é capaz de cobrir serviços de excelência que precisam ser executados em pleno 2022. Ponta Grossa precisa ser maior que isso, precisa ser maior que interesses políticos e demagogia de quem usa o povo em benefício próprio e atrasa em décadas o crescimento da cidade”, ressaltou.
Entre as principais medidas apresentadas aos vereadores, está a redução em 25% do custeio das secretarias. “Já determinei aos nossos secretários que pisem no freio, elenquem prioridades e economizem no que puderem. Precisamos melhorar nosso caixa pra termos condições de honrar compromissos importantes que queremos cumprir, com foco principal na saúde, que é a nossa grande prioridade para 2022. Sabemos que temos falhas na saúde e vamos trabalhar duro pra mudar esse cenário. Eu não estou satisfeita com o que vejo; eu me coloco no lugar das pessoas que precisam de atendimento. Mas eu também divido com vocês toda a dificuldade que nossos profissionais enfrentam por conta da pandemia. Temos limites humanos dentro da nossa estrutura, nossos profissionais adoecem, precisam descansar e isso limitou bastante nossa atuação na Saúde”, disse.
Elizabeth Schmidt também apresentou aos vereadores algumas ações que pretende realizar para o enxugamento da máquina pública e melhor estruturação dos serviços. Entre elas, a extinção da Prolar. “Hoje, todos os programas de habitação são provenientes do governo federal e do governo do Estado. Não faz sentido mantermos uma estrutura com 22 funcionários e que custa R$ 6 milhões aos cofres públicos, mas que não cumpre mais o papel que cumpria há anos. O modelo mudou e precisamos nos adaptar, por isso quero criar uma superintendência de habitação junto à Secretaria da Família e Desenvolvimento Social para organizar o sistema de habitação popular em Ponta Grossa”, ressaltou. Ainda na pauta de mudanças da reforma administrativa está a previsão de extinção da Companhia Pontagrossense de Serviços (CPS). “Não há mais como vender asfalto para o cidadão. Por isso, precisamos modernizar os serviços e enxugar essa estrutura que também custa muito aos cofres”, adiantou.
Da mesma maneira, a prefeita também fez uma avaliação aos vereadores sobre a dificuldade de manter a estrutura da Fundação Educacional de Ponta Grossa (Funepo/TV Educativa). “Hoje no Paraná, nenhuma cidade do porte de Ponta Grossa mantém uma repetidora. Precisamos ter coragem de admitir isso e ter coragem de parar uma estrutura que custa quase R$ 2 milhões por ano. Temos desafios mais importantes e precisamos cortar o que não é prioridade pra gestão, o que não é prioridade pra população”, explicou.
Diante dos novos desafios e dificuldades orçamentárias, a chefe do Executivo Municipal pediu o apoio dos vereadores para esse momento de grande desequilíbrio financeiro, mas que, segundo ela, será enfrentado com seriedade e muito trabalho. “Nós vamos em frente, mesmo com muita dificuldade. Vamos mostrar à população o tamanho que nossa cidade realmente tem e tudo que precisa ser feito pra ela chegar à grandiosidade que merece”, finalizou. (Com assessoria)