31 de julho de 2021

Mais de 6 milhões de paranaenses já foram imunizados, quase 70% da população adulta

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Até o momento, foram 19.045.464 vacinas aplicadas na população geral, sendo que, destas, 9.099.905 foram destinadas à aplicação da primeira dose, e 8.397.774 à segunda dose ou dose única.

O Paraná atingiu ontem, 30, a marca de 6 milhões de pessoas que receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Somando os que tomaram a primeira dose e o imunizante de dose única, 6.016.144 pessoas já foram vacinadas. Isso significa que sete em cada 10 paranaenses com mais de 18 anos já iniciaram o processo de imunização (69%), sendo que 26,1% da população adulta (2.277.142 pessoas) completaram o ciclo vacinal.

No recorte considerando a população geral do Estado, 52,2% dos paranaenses receberam ao menos uma dose de vacina e um em cada cinco estão completamente imunizados. Os dados são do vacinômetro do Sistema Único de Saúde (SUS), atualizado pelo Ministério da Saúde.

A previsão do Governo do Estado é que toda a população adulta receba ao menos uma dose até o final de setembro, atingindo os 80% em cerca de um mês, até o fim de agosto. Quinto estado que mais vacinou a população, o Paraná deve superar neste fim de semana a marca de 8 milhões de vacinas aplicadas desde o início da campanha, em janeiro.

Alguns grupos já completaram a cobertura vacinal, que é atingida após a aplicação das duas doses ou da vacina de dose única. Os profissionais da saúde estão 100% imunizados, assim como praticamente todo o público com 65 anos ou mais. Entre a população indígena, 86,7% receberam as duas doses, além de 64,7% das pessoas com idade entre 60 e 64 anos.

Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, quanto maior esse escudo de imunização, menor é a chance do vírus se propagar. “Continuamos com os cuidados de sempre: distanciamento, uso de máscara e higiene das mãos. Mas o que vai nos salvar de fato é a vacinação, como mostram todos os estudos”, disse.

“A vacina tem que ser tomada, tanto a primeira e principalmente a segunda dose, que é a que cria o escudo de proteção contra o coronavírus, além da dose única, se tivermos novamente. É necessário que todos se vacinem para podermos vencer essa pandemia”, acrescentou.

GRUPOS – A população geral, com idade entre 18 e 59 e que não estava contemplada nos grupos prioritários, é o público que mais recebeu vacinas, com 2.520.311 doses aplicadas. É seguido pela faixa dos 60 aos 64 anos (847.464), de 65 a 69 anos (823.008), trabalhadores da saúde (790.170), pessoas de 70 a 74 anos (607.905), comorbidades (572.668), com 80 anos ou mais (446.433) e com idade entre 75 e 79 anos (412.166).

Entre as categorias profissionais, foram aplicadas 234.608 doses em trabalhadores da educação básica, 90.583 em caminhoneiros (88,6% de dose única), 35.442 nas forças de segurança e salvamento, 34.180 em trabalhadores do ensino superior, 16.306 em trabalhadores do transporte coletivo rodoviário (89,5% dose única), 15.652 nos trabalhadores da limpeza, 13.035 portuários, 10.469 nas Forças Armadas, 6.712 em trabalhadores industriais, 4.780 em funcionários do sistema penitenciário, 4.280 em profissionais do transporte aéreo, 2.607 do transporte ferroviário e 197 do transporte aquaviário.

Os demais grupos contemplados foram as gestantes (73.011 doses), idosos institucionalizados (67.348), pessoas com deficiência permanente (52.713), população privada de liberdade (27.822), indígenas (19.244), puérperas (16.604), Quilombola (8.746), pessoas em situação de rua (3.942), pessoas com deficiência institucionalizadas (3.419) e população ribeirinha (2.872).

CIDADES – As cidades que mais vacinaram, em números absolutos de doses aplicadas, foram Curitiba (1.402.836), Londrina (398.627), Maringá (379.350), Cascavel (231.683), Ponta Grossa (206.481), Colombo (140.646), Guarapuava (130.314), Paranaguá (114.696), Toledo (99.288) e Apucarana (96.975).

Até o momento, 9.671.370 vacinas foram enviadas ao Paraná pelo Ministério da Saúde. Assim que chegam ao Estado, os imunizantes são destinados ao Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), onde a Secretaria de Estado da Saúde faz a separação e a distribuição entre as 22 Regionais de Saúde. Elas são então enviadas aos municípios, que são responsáveis pela aplicação na população.


Com avanço da vacinação e queda nos indicadores, Paraná diminui restrições

O avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 e a redução dos indicadores de mortes, casos e internações em decorrência do vírus permitiram que o Governo do Estado alterasse as medidas restritivas para enfrentamento à pandemia no Paraná.

O novo decreto (8.178/2021), assinado pelo governador Ratinho Junior (PSD) ontem, 30, diminui em uma hora o período de restrição da circulação em espaços e vias públicas, que passa a ser das 24h às 5h – a exceção são as atividades e serviços essenciais. O mesmo vale para a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos.

Permite também a realização de algumas categorias de eventos, desde que respeitadas todas as medidas de prevenção. A peça jurídica começa a vigorar a partir das 5h de hoje, 31, e tem validade até 15 de agosto. Após esse período, será feita uma avaliação do cenário pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para determinar novas orientações.

Um conjunto de regras específicas prevê a realização de eventos, desde que com retorno de forma gradual e escalonada e com presença condicionada à apresentação de teste negativo ou a comprovação do esquema vacinal da Covid-19.

Em locais abertos, para público exclusivamente sentado ou delimitado, sem consumo de alimentos e bebidas, poderão ser realizados eventos com capacidade máxima de 60% do previsto para o local, desde que não ultrapasse 500 pessoas. Já se houver consumo de alimentos e bebidas, a lotação prevista é de 50%, também para o máximo de 500 pessoas.

Em locais fechados, por sua vez, a taxa de ocupação é de 40% para até 500 pessoas, sem nenhum tipo de consumo.

Em ações que envolvam comidas e bebidas, o regramento estabelece o limite de 400 pessoas e lotação de 30% do previsto, respeitando a seguinte ordem: I – espaços com capacidade máxima de 200 pessoas poderão receber eventos de até 80 pessoas; II – espaços com capacidade entre 201 a 500 pessoas, poderão sediar eventos de no máximo 150 pessoas; III – espaços com capacidade entre 501 a 1000 pessoas poderão sediar eventos de no máximo 300 pessoas; e IV – espaços com capacidade máxima acima de 1001 pessoas poderão sediar eventos de no máximo 400 pessoas.

PROIBIÇÕES – Permanece proibida, contudo, a realização presencial dos eventos, de qualquer tipo, que possuam uma ou mais das seguintes características: dançantes ou de outra modalidade de interação que demandem contato físico entre os frequentadores; em local fechado que não possua sistema de climatização com renovação do ar e Plano de Manutenção, Operação e Controle atualizados; que demandem a permanência do público em pé durante sua realização; com duração superior a 6 horas; esportivos com presença de público; que não consigam garantir o controle de público no local ou que possam atrair presença de público superior àquele determinado nesta norma, como exposições e festivais; de caráter internacional; realizados em locais não autorizados para esse fim; e que não atendam os critérios previstos nesta legislação e demais normativas vigentes.

INDICADORES – Para balizar a decisão, o Governo do Estado levou em consideração os dados do boletim epidemiológico divulgado diariamente pela Sesa. A média móvel de mortes, por exemplo, teve uma redução de 39,6% em relação há 14 dias. No mesmo espaço de tempo, os casos reduziram em 45,4%.

A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para tratamento da Covid-19 está em 57%, a mais baixa em nove meses – o indicador não baixava de 60% desde 1º novembro de 2020. Já a de enfermarias é de 38%.

Em paralelo, há redução significativa no internamento de idosos em UTIs Covid desde fevereiro deste ano. A média de ocupação dos leitos no ano passado era de 63% de pessoas acima de 60 anos. Em fevereiro esta taxa baixou para 56%, em março para 51%, em abril para 50%, em maio para 33% e em junho para 27%.

TRANSMISSÃO – Outro indicativo da melhora nos indicadores da pandemia é o número de reprodução eficaz, ou Rt, que mede o contágio causado por cada pessoa infectada e indica a velocidade de contaminação da Covid-19 em cada localidade. Nesta sexta-feira o Paraná está com 0.81, o que significa que 100 pessoas contaminadas pelo vírus Sars-CoV-2, transmitem, em média, para 81 novas pessoas.

Os números são bem diferentes dos registrados no mês passado, quando o Paraná atingiu um Rt de 1.48 no dia 24.

VACINAÇÃO – Outro fator importante é que, atualmente, mais de 6 milhões de pessoas, 69% da população adulta do Paraná, já recebeu ao menos uma dose ou a dose única do imunizante contra a Covid-19. (Com AEN)

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