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A cada 12h de curso, o detento recebe um dia de remição de pena.
O projeto “Ajufe por um Mundo Melhor”, uma parceria entre a Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e o Instituto Mundo Melhor, rendeu bons resultados em 2020, contabilizando 4.713 cursos online realizados pelos detentos do sistema prisional. Essa iniciativa prevê a destinação de valores de contas de prestação pecuniária para a aquisição de diversos materiais, visando a instalação de salas virtuais de aprendizagem em unidades penais em todo o Brasil.
No ano passado, o destaque foi o Projeto Rumo Certo da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Maranhão, que obteve mais de 2 mil cursos realizados. O Paraná trouxe bons índices para o projeto, somente a Penitenciária Central do Estado/ Unidade de Progressão de Piraquara recebeu mais de 1.328 capacitações, enquanto a Penitenciária Estadual de Guarapuava/ Unidade de Progressão contabilizou 118 cursos. Os estados de Santa Catarina e Pernambuco também tiveram êxito, com o Presídio Masculino de Canhanduba/Itajaí totalizando 1.188 cursos e a Penitenciária Agroindustrial São João/ Ilha de Itamaracá (PE) finalizando com 52 cursos realizados.
Além de contribuir diretamente para a reinserção dos apenados na sociedade, um dos diferenciais do projeto é o fato dos cursos concluídos serem utilizados na remição de pena. O juiz federal e responsável pelo projeto, Rafael Wolff, destaca que o impacto da parceira é inestimável. “Estamos muito satisfeitos em ver esses resultados, pois eles demonstram que o projeto tem um retorno social gigantesco”, enfatiza.
Segundo o juiz da 2ª Vara Federal de Ponta Grossa, Antônio César Bochenek, a parceria entre a Ajufe e o IMM apresenta resultados relevantes, especialmente, pela dimensão nacional do projeto, que está presente em vários estados. “O principal objetivo dessa iniciativa é preparar as pessoas para novos desafios numa sociedade em constante transformação, portanto os números dos cursos realizados são significativos e revelam o avanço das iniciativas para outros setores”, salienta.
Desde o início do projeto, em 2017, já foram emitidos 10.865 certificados nas oito unidades existentes, o que equivale a um total de 54.325 horas, ou seja, 4.527 dias passíveis de remição de pena, de acordo com o critério da Vara de Execuções Penais. “O sucesso do projeto está diretamente ligado aos nossos parceiros que acreditam em nosso trabalho, pois sem eles não obteríamos o nível de excelência e não conseguiríamos transformar a realidade de muitas pessoas, ainda mais neste momento de dificuldades sanitárias que enfrentamos”, conclui a presidente do IMM, Cirlei Simão Pauliki. (Com assessoria)