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“Nós prefeitos estamos sofrendo com os efeitos da pandemia. Estamos solicitando apoio para que a situação de nossos munícipes seja amenizada nesse período”, explica o presidente da Associação e prefeito de Castro, Moacyr Fadel, que entregou o documento pessoalmente ao secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
A saúde e o bem-estar da população regional. Com este objetivo que a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) protocolou nesta semana dois ofícios junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Os dois referentes a situações causadas pela pandemia. “Nós prefeitos estamos sofrendo com os efeitos da pandemia. Estamos solicitando apoio para que a situação de nossos munícipes seja amenizada nesse período”, explica o presidente da Associação e prefeito de Castro, Moacyr Fadel Junior (Patriotas). Ele esteve reunido com o secretário Beto Preto para expor os temas na última terça-feira.
O primeiro ofício solicita a interferência do Estado quanto à comunicação dos Hospitais que estão atuando como referência contra a Covid-19, sejam eles públicos ou privados, junto aos familiares de pacientes internados com o vírus. Já o segundo, pede o reativamento do serviço ambulatorial para transporte de pacientes com, ou sob suspeita de, Covid-19. “Este serviço foi cancelado pelo Estado no mês de janeiro, o que está sobrecarregando o nosso SAMU Regional”, esclarece Fadel.
A questão da comunicação entre familiares e instituições de saúde vem sendo debatida entre os prefeitos da AMCG. “Em alguns Hospitais, os familiares, mesmo sendo moradores de outros municípios, devem se deslocar para saber sobre a evolução dos casos”, esclarece o prefeito de Ipiranga, Douglas Modesto.
Prefeita de Carambeí, Elisângela Pedroso, também havia se manifestado a respeito do tema, oficiando a direção de alguns Hospitais do Estado. “Munícipes estavam reclamado dos gastos, além da pouca comunicação para saber sobre o estado de saúde de seus familiares”, conta, afirmando que não obteve retorno quanto a sua solicitação.
Para tentar sanar o problema, a assembleia de prefeitos da AMCG, bem como seus gestores de Saúde, solicitaram, por meio de ofício, a padronização dos contatos de familiares de pacientes com Covid-19, incluindo mensagens diárias via whatsapp, sempre em um mesmo horário (salvo em casos de agravamento dos quadros); chamadas de vídeos entre familiares e pacientes em horário acordado, ao menos uma vez durante a semana, quando o quadro do paciente permitir a comunicação; além da exigência não obrigatória dos familiares no local.
AMBULÂNCIAS – O último final de semana foi decisivo para o pedido do retorno dos serviços do Estado quanto ao transporte de pacientes com covid-19. “Recebemos muitas reclamações”, contou o prefeito de Castro. As ambulâncias que prestavam o serviço por meio do Estado foram retiradas devido ao término do contrato com a empresa prestadora do serviço. “Assim acumulou a demanda dos municípios”, completou Fadel, destacando que o Estado deve buscar solução emergencial para resolver a questão.
O Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CIMSAMU) também oficiou o Estado por meio da 3ª Regional de Saúde. “Estamos no aguardo de um retorno”, apontou o diretor Jaime Menegoto.
Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto afirmou que o Governo tem ciência dos problemas apontados pela AMCG. “Sabemos das dificuldades. Estamos buscando soluções”, disse ao presidente da AMCG durante reunião.
Ainda no encontro, o secretário falou sobre o período crítico que o estado do Paraná está passando, com o aumento dos casos de Covid-19 e a falta de leitos de UTI’s. Por esse motivo, Beto Preto adiantou que serão tomadas providências mais enérgicas, em conjunto com os Governos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, que também passam por dificuldades. (Com assessoria)