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Documento preparado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, mostra que o Brasil exportou 408,7 mil toneladas de trigo em janeiro, mas o produto paranaense foi todo destinado para moageiras do próprio Estado e de São Paulo.
A produção paranaense de trigo colhida em 2020 não saiu do País em janeiro. O produto foi direcionado, sobretudo, aos parques moageiros do Paraná e do Estado vizinho de São Paulo. Esse é um dos assuntos analisados por técnicos do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, no Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 13 a 19 de fevereiro.
Os dados de exportação de trigo brasileiro não registraram saída do produto produzido no Paraná no primeiro mês de 2021. Assim como havia ocorrido em 2019, a produção de 2020 ficou em território nacional. Esses mesmos dados apontam que, saindo de outras regiões produtoras do País, o Brasil exportou, em janeiro, 408,7 mil toneladas.
Somado ao que foi enviado para o Exterior em dezembro de 2020, o total chega a 663 mil toneladas, volume bem próximo das 700 mil toneladas estimadas pela Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab) para serem vendidas externamente até julho deste ano.
Se a expectativa do órgão federal for superada, possivelmente pode haver alta interna nos valores do produto. Caso isso ocorra, uma alternativa para se conseguir alívio nos preços é a redução na demanda. A outra é o aumento nas importações.
Porém, até o momento, as compras feitas pelos moinhos têm diminuído. De agosto de 2020 a janeiro de 2021, o Brasil importou 2,8 milhões de toneladas, contra 3,3 milhões entre agosto de 2019 e janeiro de 2020. Representa um decréscimo de 16%.
MILHO E SOJA – A semana foi proveitosa para os produtores de milho. Com a retomada do ritmo favorável, a colheita atingiu 23% do total de 359 mil hectares da primeira safra. Ao mesmo tempo, isso propiciou avanço no plantio da segunda safra, que já está com 6% do total previsto de 2,4 milhões de hectares semeados.
O boletim registra, ainda, que o bom tempo ajudou na colheita da soja, mas o volume é bem menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Agora, apenas 3% dos mais de 5,57 milhões de hectares cultivados foram colhidos. Grande contraste com os 20% de 2020. Já o plantio da segunda safra chegou a 94% da área estimada.
FEIJÃO E BATATA – Na primeira safra de feijão, a colheita atinge 94% da extensão plantada, com comercialização de 55%. Da segunda safra, 56% dos 237,3 mil hectares já estão semeados e, mesmo com as chuvas constantes em janeiro, cerca de 92% das lavouras apresentam boas condições.
A estabilização do clima possibilitou que a colheita da primeira safra de batata praticamente fosse encerrada e 90% da safra já está comercializada. A segunda safra tem avanço no plantio, com 74% já colocada no campo. As condições são consideradas boas para 88% da cultura.
OUTROS PRODUTOS – O documento preparado pelos técnicos do Deral fala ainda sobre a comercialização de frutas na Centrais de Abastecimento do Estado do Paraná (Ceasa), além de discorrer sobre a colheita da mandioca, favorecida pelo fator climático.
A análise estende-se também para o setor pecuário. Em relação à bovinocultura de corte, o registro é para a expectativa de maior oferta a partir de março e abril, para quando se projeta o período de redução no preço da arroba. Na avicultura de corte e em ovos, o boletim analisa a variação de preços ao produtor, no atacado e no varejo, além de tratar da produção e exportação. (Com AEN)