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O projeto do PSOL é ajudar aos pequenos empreendedores e autônomos a impulsionar negócios locais.
Instituição financeira com juros próximos a zero e com objetivo comunitário parece distante do imaginário da população, mas o candidato do PSOL à Prefeitura de Ponta Grossa, Professor Gadini, aposta no projeto do Banco Comunitário. Trata-se de uma proposta inédita no pleito municipal voltada para micro e pequenos empresários, bem como profissionais autônomos, a recolocarem seus negócios no pós-pandemia.
“Fortalecer micro e pequenos empresários que tenham negócios locais por meio de empréstimos com taxa de quase zero de juros é o objetivo da gestão PSOL para o primeiro ano de governo. A ação deve impulsionar a economia local e ainda frear possíveis inadimplências fiscais”, explicou Gadini.
De acordo com Gadini, o projeto rompe com a lógica dos sistemas de crédito a juros altos praticados no país e representa alternativa viável, voltada para solucionar dificuldades de trabalhadoras e trabalhadores da cidade. “A população é refém, ao longo da história, de um sistema bancário desigual e injusto, um modelo viciado que favorece poucos, enriquece cada vez mais e sempre os mesmos, ao passo que empobrece a maioria das pessoas”, avalia professor Gadini.
Segundo o economista Vitor Hugo Tonin, a discussão sobre sistemas financeiros localizados, como é a proposta do Banco Comunitário do PSOL, tem o objetivo de colocar cidades em um patamar melhor do que se tinha antes do “velho normal”. “Se o trabalhador consegue pegar 3 mil reais para pagar em 12 vezes com taxa próximo de zero, a economia gira, gerando emprego e renda, fora das lógicas dos grandes bancos”, acrescentou.
Associado à tecnologia e a digitalização das finanças, o Banco Comunitário representa um sistema financeiro alternativo que descentraliza a renda e é de fácil acesso à população. “O maior problema dos bancos não é oligopólio, mas a concentração ser privada com o objetivo de lucro próprio e não para favorecer a sociedade brasileira e a sua produção e desenvolvimento de consumo. O banco também tem função social”, destacou o especialista.
A partir de um fundo coletivo, a gestão do Banco Comunitário possibilita o financiamento de microcréditos, sem aplicar taxas exorbitantes como fazem as instituições financeiras privadas e públicas, pois oneram o dinheiro para quem mais precisa.
Mais de cem cidades brasileiras já contam com experiências de bancos cooperativados ou comunitários, inspirados em tradições europeias, como o caso da Espanha. “Em um primeiro ano de gestão, Ponta Grossa se colocará como pioneira no estado a dar microcrédito de maneira eficiente e sem onerar a classe trabalhadora. A vida tem que estar acima do lucro”, ressalta Gadini. (Com assessoria)