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Sem coligação, Partido deve registrar a campanha mais barata entre todos concorrentes à Prefeitura da cidade.
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tem o menor tempo do horário eleitoral em rádio e TV entre as cinco candidaturas à Prefeitura de Ponta Grossa. Professor Gadini/Professor Lineu contam com apenas 23 segundos no bloco de 10 minutos, que vai ao ar (rádio e televisão) duas vezes ao dia, entre 9/10 e 12/11/2020. Das demais candidaturas duas contam com mais de 3 minutos cada e as outras duas com cerca de 1 minuto e meio cada.
No número total de inserções, que vai ao ar ao longo da programação diária no mesmo, período, o PSOL também tem o menor tempo disponível: enquanto a candidatura que tem o maior tempo possui cerca de 33 inserções ao dia, de 30 segundos cada, os candidatos do PSOL têm apenas 4 inserções de 30 segundos por dia, somando candidato a prefeito/vice e candidaturas à Câmara Municipal.
Em percentuais no total do tempo disponível para propaganda eleitoral nas eleições de 2020 em Ponta Grossa, equivale dizer que o PSOL conta apenas 4% do horário em rádio e TV, enquanto os concorrentes dispõem de aproximadamente 34%, 32%, 17% e 14%. “Trata-se de uma visível situação de desigualdade nas condições de acesso à disputa”, avalia o candidato do PSOL.
“Quem manda na política do País são os mesmos partidos e grupos, que se beneficiam dos recursos (financeiros e horário em rádio/tv), ao longo das últimas décadas”, explica o Professor Gadini, que já estudou o assunto e, inclusive, escreveu livro sobre o uso eleitoral privilegiado que, na prática, os mesmos grupos ou coligações (no máximo, trocando de nome ou sigla, mas com os mesmas personagens), desde que o fim do regime militar no País (em 1985).
Uma maioria de deputados aprovou a legislação vigente em 2015. Pela legislação, partidos com maior bancada no Congresso também contam com maioria dos recursos financeiros do fundo partidário e do tempo para propaganda eleitoral em rádio e televisão.
“A legislação tem amparo legal, mas reproduz certos vícios, em que alguns mandantes da velha política apostam em condições e vantagens para se reeleger, quando se compara aos menores partidos, que não fazem coligação”, avalia Gadini.
Se o horário eleitoral não é um fator único determinante, a distribuição do fundo partidário segue a mesma lógica e, pois, as chamadas candidaturas dos partidos tradicionais – na prática, as chapas concorrentes em Ponta Grossa – contam com a maioria dos recursos disponíveis em nível federal.
“Como não temos dinheiro para impulsionar postagem em redes sociais, convidamos as pessoas a conhecer as propostas para ‘Mudar de Verdade’ a política em PG, através das redes, entrevistas e debates”, convida o Professor Gadini. “Vamos fazer a diferença política, na prática”, conclui. (Com assessoria)