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A paralisação faz parte da Greve Geral que acontece em todo o Brasil. Em Ponta Grossa, os motoristas e cobradores param durante toda a sexta-feira, 28. VCG aponta ilegalidade e ameaça descontar o dia de trabalho
Os trabalhadores do transporte coletivo de Ponta Grossa vão aderir a Greve Geral nesta sexta-feira, 28. A decisão foi tomada em assembleia, realizada na última terça-feira, 25. Mais de 650 associados do Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos de Ponta Grossa (SINTROPAS), foram favoráveis à paralisação. “Os trabalhadores da categoria vão cruzar os braços entre às 00h e 23h59 desta sexta, a fim de repudiar a reforma da previdência proposta pelo governo”, anuncia o Sindicato.
De acordo com Luizão, presidente do SINTROPAS – PG, a paralisação dos trabalhadores é para reforçar a importância da categoria e unir forças com outros sindicatos. “Vamos mostrar para o Brasil que os trabalhadores querem se aposentar. Precisamos parar o país e lutar para garantir nossos direitos conquistados”, disse. “Convoco todos os profissionais para participar desta paralisação”, conclui.
PARALISAÇÃO – Com a paralisação dos trabalhadores, Ponta Grossa fica sem transporte coletivo durante toda a sexta-feira. Algumas atividades estão previstas para a Greve Geral no Terminal Central. A categoria cruza os braços a partir da meia-noite e deve permanecer em estado de greve até às 23h59. A ação faz parte de uma manifestação nacional que pretende parar o país durante 24 horas, por conta da reforma na previdência, reforma trabalhista e proposta de terceirização, que tramitam no Congresso Nacional.
A paralisação programada para sexta-feira conta com a adesão de diversas entidades sindicais, entre elas o SINTROPAS, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical. O ato ganhou fôlego depois de um dia de atos nacionais, realizado no mês de março. Desde então, está programada a Greve Geral que pretende parar boa parte do país.
VCG aponta ilegalidade da paralisação e ameaça descontar o dia de trabalho
A Viação Campos Gerais (VCG) informou que até o presente momento não recebeu nenhuma notificação oficializando sobre qualquer paralização na próxima sexta-feira, 28. “A legislação vigente determina que eventuais paralizações sejam comunicadas ao empregador com antecedência de no mínimo 72 horas, e, em se tratando de serviço essencial, sob nenhuma hipótese este pode ser completamente paralisado, sendo obrigatória a operação de frota mínima”, diz a concessionária.
Ainda segundo a nota da VCG, a paralisação é ilegal. “Qualquer movimento paradista ao serviço essencial de transporte coletivo caracteriza-se pela ilegalidade e é de total responsabilidade de quem o deflagra. A VCG reforça que todos os seus veículos estarão à disposição para operação normal e os funcionários que aderirem à greve terão o dia descontado”. (Com assessorias)