Ao vivo: Nas ruas com BLOG DO JOHNNY entrevista candidato a prefeito Professor Edson; AssistaDe carro, os candidatos vão poder falar sobre as suas propostas e apresentar no próprio local soluções e ideias para a cidade, com imagens de câmeras internas e externa do veículo e drone. Confira!O BLOG DO JOHNNY estreia hoje, 23, às 16 horas, uma série de entrevistas ao vivo com os candidatos a prefeito direto das ruas de Ponta Grossa: “NAS RUAS COM O BLOG DO JOHNNY”. O primeiro entrevistado é o candidato da Coligação “Ponta Grossa, uma cidade para você” (PT/PCdoB), Professor Edson Silva (assista). A live está sendo transmitida pelo BLOG DO JOHNNY e nas redes sociais @blogdojohnny.De carro, os candidatos vão poder falar sobre as suas propostas e apresentar no próprio local soluções e ideias para a cidade, com imagens de câmeras internas e externa do veículo e drone. Confira!A produção é feita pela HRC Digital Produções.#NasruascomoBlogdoJohnny #EntrevistaProfessorEdsonPT #BlogdoJohnny
Publicado por Blog do Johnny em Quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Candidato do partido à Prefeitura, Professor Edson Silva, foi o primeiro entrevistado do projeto “Nas ruas com o Blog do Johnny”, no último dia 23.
O primeiro entrevistado do projeto “Nas ruas com o Blog do Johnny” foi o candidato do PT à Prefeitura de Ponta Grossa, o professor Edson Armando Silva, no último dia 23. O partido disputa a eleição sob o lema “Ponta Grossa, uma cidade para você”.
Pontagrossense nascido, criado e morando atualmente em Olarias, disse que sua trajetória política iniciou com a militância na igreja. Foi coroinha, participou de grupo de jovens e conheceu a Juventude Franciscana (Jufra), onde se tornou uma liderança estadual. A filosofia franciscana marcou sua vida. Frequentou o seminário dos capuchinhos e estudou filosofia. Fez o curso de História na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e foi aprovado em concurso para a mesma faculdade. Fez mestrado e doutorado, e sempre pesquisou a cidade, o que o levou ao PT.
Passando pelo Colégio Regente Feijó, onde estudou até o Ensino Médio, falou sobre a importância da instituição para a cidade e lembrou que muitos de seus colegas que estudaram ali, entraram na universidade sem fazer cursinho e lá estudaram filhos de médicos, advogados e também de operários. Sobre a educação, disse que o ensino não pode ser dissociado do conjunto da vida da população, e em Ponta Grossa, assim como no Brasil, ampliou-se a desigualdade, criando nichos diferentes.
Considera importantes as políticas de inclusão. Como professor e pesquisador, afirmou que os alunos que são incluídos por cotas nas universidades, não têm desempenho inferior a estudantes de outras classes sociais, e que a educação não é só transmissão de conteúdo técnico, mas sim a transformação da vida.
Sobre se candidatar a prefeito, disse que nesse momento a luta se apresentou para ele e que o PT tem um legado em Ponta Grossa, uma visão e conhecimento da cidade que nenhum outro partido tem. “Deixar de disputar significava entregar esse legado e abrir um vazio e que permitiria cada vez mais o avanço da extrema direita”, ressaltou.
Passando pelo campus central da UEPG no trajeto, ressaltou a importância da instituição em sua vida. “Tenho mais de 30 anos de vivência na universidade. A solidariedade que vem da religião, o planejamento e o conhecimento como método de ação que vem da academia e uma posição política na luta contra a desigualdade social para construir uma cidade melhor para todos, são os elementos que marcam a minha trajetória”, enfatizou.
GOVERNO PÉRICLES – Edson destacou ainda que a candidatura não é um projeto pessoal, pois sempre militou e contribuiu com o PT. Participou do governo Péricles de Holleben Mello há 20 anos e sobre ele não ter sido reeleito, disse que é difícil as pessoas compreenderem movimentos conjunturais e estruturais, e que o então governo havia pego a maior crise econômica nos últimos anos e houve poucos recursos para trabalhar. “A imagem que ficou, apesar de ter feito um bom governo com os poucos recursos que tinha, foi de que ele não havia feito nada. Mas ele implantou 17 equipes do Saúde da Família, trabalhando a saúde de forma preventiva, reformou o Pronto Socorro, tornou o Hospital da Criança um hospital de fato, ampliou a rede municipal de ensino, fizemos laboratório de informática nas escolas”, disse.
Lembrou ainda o candidato que o ex-prefeito, embora não tenha feito muitas obras de impacto, as que foram planejadas em seu governo, foram feitas pelo atual prefeito, Marcelo Rangel, como a integração entre os bairros e o Lago de Olarias, entre outras. “Então, apesar de toda a crise, não se pode dizer que 2004 foi uma derrota, porque quem faz 49% dos votos em uma situação difícil, não significa uma derrota, mas que parte da população não compreendeu a filosofia do governo”, comparou.
REJEIÇÃO DO PT – Sobre a rejeição do PT por conta dos escândalos de corrupção, disse que qualquer coisa ‘anti’ é pouco inteligente, e que toda crítica tem que ser vista positivamente para se ter a oportunidade de corrigir. Disse que o PT sofreu uma imensa campanha de difamação orquestrada e organizada. Sobre a inocência do ex-presidente Lula, ressaltou que 95% dos professores de Direito consideram que a Lava Jato foi absolutamente política e parcial. “Não é opinião minha, é opinião internacionalmente difundida que ele foi condenado sem provas concretas e objetivas”.
Edson citou que o PT expressa um projeto de sociedade e tem mais de seis milhões de filiados no Brasil, sendo 3.500 em Ponta Grossa. “As pessoas do PT que fizeram malfeitos, foram condenadas, saíram do partido, inclusive, e o projeto do PT é um bom projeto, e continua a expressar os desejos de uma população de construir uma sociedade menos desigual. E eu faço parte desse grupo”, afirmou.
Para o candidato, por todas essas questões envolvendo o partido, será necessário lutar e corrigir os erros que porventura tenham havido, e lembrou que os principais instrumentos de combate à corrupção foram criados pelo PT, como a integração e a autonomia da Polícia Federal e do Ministério Público e a unificação de banco de dados. “Todos foram implantados pelo PT. O combate à corrupção tem que ser institucional. “Lamento que esse processo de acusar e combater tenha ido politicamente usado e não tenha sido aplicado de maneira igualitária para todo o espectro político”, disse.
Sobre suas principais propostas, quer mudar a forma de governar, com uma gestão integrada, organizada por projetos, e todas as secretarias envolvidas com diálogo e contando com a participação dos atores sociais importantes como as associações de moradores, sindicatos, Associação Comercial, Associação Médica, entre outros, para produzir consenso, além do uso da tecnologia na administração para soluções eficientes dos problemas.
SAÚDE – Na saúde, um dos projetos é implantar o prontuário eletrônico para mais eficiência no atendimento. Ressaltou ainda o curso de Medicina da UEPG como uma grande ferramenta para o avanço na área.
INFRAESTRUTURA – Na infraestrutura, disse que o prefeito Marcelo Rangel implantou linhas gerais de planejamento desenhadas em outros governos, que acertou em fazer as interligações entre bairros e que isso deve continuar para melhorar a mobilidade. Há uma crítica ao projeto do Contorno Norte como área de expansão. A proposta é a melhoria do Contorno Leste e fazer a expansão da cidade pelo Contorno Sul, interligando o desvio da cidade com a futura duplicação da estrada que vai para a cidade de Palmeira. Também falou da ampliação de ciclovias como alternativa de mobilidade.
SEGURANÇA – Na segurança pública, lembrou que a Guarda Municipal foi criada no governo Péricles, mas que poderia atuar na prevenção e resolução de conflitos, integrada a outras secretarias.
EMPREGOS – Na questão de empregos, ressaltou a importância de continuar a atração de grandes indústrias pela vocação da cidade e suas condições favoráveis, além de incentivar pequenas e médias empresas. Na área social, quer ampliar o espaço da agricultura familiar, agregando valor na agroindústria familiar.
EDUCAÇÃO – Na educação, reconhece que o trabalho feito pela atual secretária Esméria Savelli, e que deve ser continuado, pois concorda com a filosofia e o projeto pedagógico de educação em tempo integral. “Mas temos que reforçar a infraestrutura das escolas para que isso aconteça de maneira satisfatória e integrando a escola ao conjunto da comunidade”, enfatizou.
HABITAÇÃO – Passando pelo Conjunto Costa Rica, em Uvaranas, falou sobre a infraestrutura para os conjuntos habitacionais mais distantes, muitos ao lado de áreas de produção agrícola e que é preciso pensar como um todo. “Temos que olhar para essa população que está mais distante, ver o que ela necessita e que potencialidades a região oferece como alternativa de trabalho e renda, além de levar equipamentos culturais. O planejamento estratégico tem que estar voltado para a população mais carente”, disse.
Sobre o déficit habitacional, defende que é preciso recolocar a Prolar no seu papel de protagonista do desenvolvimento, sem financiamento externo.
Em sua mensagem final para os eleitores, Edson destacou que “apesar dos preconceitos, vamos manter a esperança. É possível construir essa cidade de uma maneira mais humana, muito mais saudável, muito mais solidária”, encerrou. (Especial para o Blog do Johnny)