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A intenção é utilizar a Casa da Memória, antiga Estação Paraná, para a instalação do museu.
Representantes do Museu Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e do Conselho Municipal de Política Cultural, se reuniram na última terça-feira, 08, por meio de videoconferência para discutir a criação de um museu que apresenta a história do clube Operário Ferroviário e as suas relações com a ferrovia, que faz parte do desenvolvimento de Ponta Grossa.
Segundo o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, a ideia vem sendo discutida desde a realização do contrato de parceria entre a UEPG e o Operário para a construção de um Centro de Treinamento (CT) no campus em Uvaranas. A intenção é utilizar a Casa da Memória, antiga Estação Paraná, para a instalação do museu. “Com a desocupação do local, quando houve a discussão de qual destino dar ao espaço, a reitoria, o Museu Campos Gerais e o Operário, apresentaram ao prefeito Marcelo Rangel uma proposta de transformação da Estaçãozinha em um Museu Operário-Ferroviário, que seria um importante ponto de memória e de divulgação da história da cidade e do time. O prefeito foi totalmente favorável à proposta”, aponta Miguel Sanches.
Para o presidente do Operário, Álvaro Góes, o espaço está em uma posição estratégica de visitação e é apropriado para contar a história do clube. “Hoje uma das principais marcas da nossa cidade é o Operário, assim como a UEPG. Vejo o museu com grande importância para a cidade, uma forma de divulgação da marca Operário para que as pessoas entendam como surgiu o clube e a história dos ferroviários que trabalharam aqui e ajudaram a desenvolver o município. Tudo isso é essencial para deixar que a memória do Operário e destes trabalhadores continue viva”, destaca.
O Diretor do Museu Campos Gerais (MCG), Niltonci Chaves, salienta a decisão por parte da Universidade em manter o espaço para fins culturais e a contribuição do MCG para compor o museu. “É preciso fazer um agradecimento ao reitor da UEPG que fez a articulação para esta proposta e que conseguiu manter o prédio da Casa da Memória destinado para o campo da cultura. A manutenção deste espaço voltado para a cultura é uma grande conquista. O museu dedicado ao Operário contempla todas as motivações históricas, identitárias e afetivas para o uso do espaço. O MCG vai contribuir para a concepção deste museu e da criação das narrativas que o espaço irá propor para a cidade. A expectativa é bastante positiva”, afirma.
Para formalizar o processo, o reitor apresentou a proposta ao Conselho Municipal de Política Cultural, instância responsável pelas políticas culturais do Município, que a aprovou por unanimidade. Conforme explica o Presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fernando Durante, “com a aprovação do Conselho de Políticas Culturais e do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural será possível dar continuidade a esta importante obra, que sem dúvida será um grande feito para a cultura da cidade”, afirma.
A Prefeitura Municipal e o Operário farão um termo de convênio para oficializar a intenção, que será encaminhada para o Conselho, para ratificação. O termo será discutido entre os parceiros, quando será definida a competência de cada um. “Neste momento, é extremamente importante unir todas as representações em torno de um projeto que fortalece a identidade de Ponta Grossa”, ressalta o reitor.
O próximo passo para a execução da proposta será a avaliação das condições da edificação e a contratação de um projeto de restauro, que permitirá a elaboração de um cronograma de ocupação do prédio. A UEPG buscará recursos, inicialmente para o projeto de restauro, junto ao Governo do Estado. “É relevante que todos estejam unidos para preservar o prédio histórico da estação, preservar a memória da ferrovia e do time que a representa”, completa Miguel Sanches. (Com assessoria)