Arquivo
O Ministério Público ratificou a necessidade de que o vereador Celso Cieslak permaneça afastado de seu mandato até o julgamento do caso. Várias outras suspeitas ainda estão sendo apuradas, envolvendo corrupção de agentes públicos de outros municípios, assim como a suposta participação de um servidor público da Secretaria de Estado da Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná nos ilícitos.
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) apoia a Operação Ductos, deflagrada nesta semana, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a pedido do Ministério Público (MP), que investiga fraudes em licitações da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Para a ACIPG, é dever do Estado e das autoridades competentes acompanhar o que é feito com o dinheiro da população na área do saneamento no Paraná.
O presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca, comenta que a Sanepar é uma sociedade de economia mista e de capital aberto, controlada pelo Estado do Paraná, sendo responsável pela prestação de serviços de saneamento básico a 345, das 399 cidades paranaenses. “É muito triste, após outros escândalos milionários envolvendo licitações em nossas estradas pedagiadas, agora vermos uma suposta falta de respeito com o dinheiro público também na empresa de saneamento do Paraná”, comenta.
Fonseca parabeniza a atuação do Gaeco e do MP pelo cumprimento dos seis mandados de prisões temporárias, além de 15 mandados de busca e apreensão em residências, e quatro mandados de busca em três unidades da Sanepar, além de um mandado de busca e apreensão na sede da empresa investigada. “São dois anos de investigações que culminaram na Operação Ductos, isso demonstra o comprometimento do MP e do Gaeco no combate à corrupção. A ACIPG apoia este trabalho, pois quem sustenta todo este sistema sujo é a população, em uma tarifa de água acima do correto, que beneficia algumas poucas empresas e alguns funcionários corruptos, ao invés do cidadão. O povo não aguenta mais pagar pela corrupção”, desabafa o presidente.
De acordo com Fonseca, a ACIPG continuará vigilante ao trabalho realizado pela Sanepar e às propostas de contrato que forem oferecidas ao Município de Ponta Grossa. “Neste momento, não podemos condenar nem a empresa investigada, nem a Sanepar antes do término das investigações. Porém, cabe a sociedade civil organizada estar atenta a licitações e discussões sobre contratos de concessões públicas, para evitar situações como a deflagrada nesta semana”, finaliza o presidente da ACIPG, lembrando que a instituição sempre foi combativa quando se envolveu em assuntos ligados a Sanepar. (Com assessoria)