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A deputada foi a maior doadora de recursos usados para financiar manifestações antidemocráticas realizadas dia 3 de maio. A acusação é do vice-Procurador-Geral da República, Humberto Jacques.
Em vídeo divulgado nas redes sociais na noite de ontem, 17, após o ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) do inquérito que apura atos antidemocráticos por parte de apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), determinar a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais, entre eles o da deputada Aline Sleutjes (PSL-PR), de Castro, nos Campos Gerais, a parlamentar negou o seu envolvimento no financiamento das manifestações.
“Não fui notificada pelo STF, pelo ministro Alexandre de Moraes, em relação a minha quebra de sigilo bancário e de outros deputados da base do governo. Acabei de saber pela mídia. Sou uma deputada que cumpre as regras, as normas, as leis e a Constituição com muita ética, moral e civismo”, afirmou Aline, confirmando ter participado de manifestações de apoio ao governo do Presidente Bolsonaro. “Eu nunca empunhei alguma faixa, deixando claro qualquer sentimento de desejo do fechamento tanto do STF como da Câmara Federal, a qual eu tenho a honra de fazer parte”, alegou a deputada.
Ao concluir, Aline Sleutjes disse que o sigilo das suas contas bancárias está aberto ao STF e o Poder Judiciário: “para estarem sendo vasculhadas, porque não devo, não tenho nada a esconder, não patrocinei qualquer tipo de manifestação, qualquer material ilegal, imoral ou antidemocrático. Preservo o civismo, o patriotismo, a honra e o apoio às instituições”.
ALVOS – Além de Aline Sleutjes, foram alvos do STF o senador Arolde de Oliveira (PSC-RJ), e os deputados Daniel da Silveira (PSL-RJ), Cabo Junio de Amaral (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP), Caroline de Toni (PSL-SC), Alê Silva (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Guida Peixoto (PSL-SP) e Otoni de Paula (PSC-RJ).
A Polícia Federal cumpriu ontem, 16, mandados de busca e apreensão solicitados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinados pelo ministro Alexandre de Moraes. As medidas, que atingem aliados do presidente Bolsonaro, têm o objetivo de instruir o inquérito que investiga a origem de recursos e a estrutura de financiamento de grupos suspeitos da prática de atos antidemocráticos. Entre os alvos estão um advogado e um marqueteiro ligados à Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar desde sua saída do PSL, no final do ano passado. No total foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal. Uma linha de apuração neste inquérito, segundo a PGR, busca esclarecer se os investigados se articularam com parlamentares e outras autoridades com prerrogativa de foro no STF “para financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional (7.170/1983)”. Com informações de Marcelo Rocha na Folha de S. Paulo e da assessoria.
CONFIRA O VÍDEO COM A RESPOSTA DA DEPUTADA ALINE SLEUTJES:
Não tenho absolutamente nada a esconder, e estou à disposição da Justiça, caso seja notificada. Não financio e nunca financiei nada que tenha relação com atos antidemocráticos, e vou continuar participando de manifestações pacíficas a favor do Brasil #fechadoscombolsonaroSe você concorda, compartilhe esse vídeo!
Publicado por Aline Sleutjes em Terça-feira, 16 de junho de 2020