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Não importa se alguém morrer. Não importa a dor da família. Em áudio nas redes sociais, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa, Roberto Ferensovicz, pede para paralisar os serviços de saúde da população fechar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Santa Paula e Santanna.
Após vídeo do prefeito Marcelo Rangel (PSDB) divulgado nas redes sociais, hoje 24, considerado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (SindServ – PG) como “equivocado”, a entidade rebateu o do prefeito e saiu em defesa dos trabalhadores da saúde.
No vídeo Rangel fala sobre o combate ao coronavírus e critica o afastamento dos servidores. “Muitos servidores da saúde pediram licença, se afastaram. Pediram licença médica para não atuarem. Muitos não ficaram nessa guerra”, afirmou o prefeito.
“Não é verdade prefeito, esses servidores foram afastados por serem dos grupos de risco, com mais de 60 anos de idade, com doenças crônicas, gestantes e lactantes”, rebateu o SindServ em nota.
Para o Sindicato, Rangel deveria especificar quais servidores chamou de ‘medrosos’ no vídeo. “Os únicos afastamentos permitidos pelo Decreto 17.112 assinado pelo próprio prefeito no último dia 19 de março são os sexagenários, doentes crônicos, gestantes e lactantes”.
Ainda de acordo com a entidade, os servidores foram ofendidos pelo prefeito. “Estes servidores se sentiram ofendidos e menosprezados. Na verdade, muitos desses trabalhadores relataram que gostariam de estar juntos com os seus colegas de trabalho nesse enfrentamento ao combate desta pandemia. Os servidores que pertencem a estes grupos de risco devem, por indicação médica, ficar em quarentena. Se esses servidores fizessem parte da linha de frente no combate ao coronavírus, como parece que desejava o prefeito, poderiam brevemente sair da linha de atendimento para um leito de hospital ou até mesmo para a UTI”, criticou o presidente do SindServ, Roberto Ferensovicz. “Não é uma questão de coragem ou de medo prefeito. Tomar a decisão correta é sobretudo uma questão de responsabilidade e inteligência”, concluiu o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa. (Com assessoria)