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No meio político havia a expectativa do entendimento entre Márcio Pauliki e Aliel Machado na eleição municipal deste ano. Não aconteceu. Do outro lado, o prefeito Marcelo Rangel não demonstra interesse em fazer um sucessor por não confiar em seus aliados.
No meio político havia uma expectativa e conversas para que houvesse um entendimento entre o empresário Márcio Pauliki (SD) e o deputado federal Aliel Machado (PSB) na disputa pela Prefeitura de Ponta Grossa neste ano. A união dos dois principais nomes de oposição ao prefeito Marcelo Rangel (PSDB) daria mais musculatura ao projeto da oposição de vencer a eleição. Não aconteceu e Pauliki e Aliel devem sair candidatos isolados.
Ambos trabalham em seus projetos, Pauliki com maior dificuldade de viabilizar alianças por ter ao longo dos últimos anos se posicionado no campo da direita, que tem na figura do prefeito Marcelo Rangel a sua maior liderança na cidade. Em 2014 foi eleito deputado estadual com o apoio do PT por conveniência e ‘surfou na onda’ Aliel.
Já Aliel se consolida no campo da esquerda democrática, saindo de puxadinhos do PT: PCdoB e Rede, para o PSB. Com posições que se alinham com uma nova esquerda emergente no Congresso Nacional, de caráter democrático e liberal.
De 2014 pra cá, Pauliki e Aliel se afastaram politicamente, com uma tentativa frustrada de reaproximação no final do ano passado.
Do outro lado, o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) não demonstra interesse em fazer um sucessor por não confiar em seus aliados. Tem medo de entregar o seu capital político e depois ser traído. Prova disso é que possui à sua volta vários pretensos candidatos, como a vice Elizabeth Schmidt (sem partido), que seria o nome natural à sua sucessão, os secretários Márcio Ferreira (Serviços Públicos), folclórico por se transvestir de “Superman”, e Celso Sant’Anna (Infraestrutura e Planejamento). Além destes, na sua base de apoio na Câmara, almejam a sua cadeira os vereadores Daniel Milla (PV), presidente do Legislativo, Sebastião Mainardes Júnior (DEM), e o seu correligionário Felipe Passos (PSDB).
Rangel, que conta com o apoio do governador Ratinho Júnior (PSD), e o seu irmão, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex (PSD), com a divisão da oposição têm plenas condições de fazer um sucessor. Mas a única definição do prefeito é não passar a faixa para Pauliki, seu arqui-inimigo, que já anunciou uma devassa na Prefeitura caso vença a eleição.
Sem uma candidatura forte e o apoio da máquina governamental no campo da direita, mesmo dividida, a disputa deve se polarizar entre Pauliki e Aliel.
Ao todo, há dez meses para a eleição, levantamento feito pelo BLOG DO JOHNNY divulgado no último sábado, 04, indica que a disputa pela Prefeitura de Ponta Grossa promete ser acirrada, com 17 pré-candidatos relacionados pelos institutos de pesquisa ou cotados pelos partidos. Além dos citados, também se apresentam: Douglas Fonseca (PSL), Doutor Magno (PDT), Doutor Zeca (Cida), Elton Barz (PCdoB), Júlio Küller (MDB), Pedro Wosgrau (PP), Ricardo Zampieri (PSL), Romualdo Camargo (AVANTE) e Sérgio Gadini (PSOL).
Para disputar a eleição, é preciso estar filiado a um partido político até 4 de abril. Até lá o troca-troca partidário será intenso.
O prazo final para a indicação dos concorrentes à eleição deste ano está marcado para o dia 5 de agosto, última data das convenções partidárias. Até esse prazo, essa relação deve diminuir bastante e novos nomes devem surgir.