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Secretário de Estado de Comunicação e Cultura, Hudson José, apresentou o planejamento do Governo para a divulgação do turismo regional e cultural.
O Paraná é o maior produtor de erva mate do Brasil. Em 2018, o Estado concentrou 87% de toda a produção do país. São quase 350 mil toneladas, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a maioria dos paranaenses e brasileiros desconhecem estas informações. Para mudar esta percepção, a Assembleia Legislativa do Paraná reuniu ontem, 20, diversos atores do setor para discutir meios de divulgar a erva mate paranaense e fortalecer a cadeia produtiva.
O evento, proposto pelo deputado Emerson Bacil (PSL), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e líder do Bloco Parlamentar de Incentivo à Erva Mate, reuniu produtores, agricultores representantes de entidades ligadas ao tema e o secretário de Comunicação e Cultura do Estado, Hudson José, para debater formas de divulgar a pujança do Paraná no setor. “Com o Bloco e esta reunião, pretendemos criar mais força para divulgar o produto. A erva mate representa sustentabilidade, economia, cultura e saúde”, afirmou Bacil.
O secretário de Comunicação explicou que a pasta já prepara uma série de medidas para divulgar o setor. Segundo ele, uma série de televisão sobre o assunto está em fase de pré-produção e será exibida na TV Paraná Turismo, do Governo do Estado. Ações sobre a erva mate também serão veiculadas em emissoras de rádio, como a Rádio Educativa. “O governo está concentrado em torno de 35% do orçamento da pasta para divulgação de ações de turismo. O objetivo é estimular o desenvolvimento das regiões, sempre visando estimular as produções locais”, explicou. “Com estas ações, passamos a outra fase de divulgação, estimulando o turismo com suporte da comunicação”, completou Hudson José.
O deputado Artagão Junior (PSB) destacou a importância da publicidade para agregar valor ao produto. “Estamos unindo a capacidade da Secretaria de Comunicação com os esforços do Bloco de Incentivo à Erva Mate para divulgar a cultura, sempre reconhecendo a sensibilidade do governo com a causa”, avaliou.
Naldo Vaz, presidente do Conselho Gestor da Erva Mate do Vale do Iguaçu (Cosemate), comemorou o apoio da Assembleia e do Governo do Estado para o setor. Para ele, a divulgação vai fomentar a produção. “Precisamos deste investimento em mídia para que o paranaense conheça mais a importância da erva mate para o Estado”, disse.
Os participantes da reunião também discutiram a retomada das atividades da Câmara Setorial da Erva Mate, ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB). A entidade tem o objetivo de oferecer apoio à produção e comercialização da erva. Também foram debatidas formas de reativar o Parque Histórico do Mate, em Campo Largo, que possui um museu dedicado ao setor, e a fábrica Herva Matte Legendária, na Lapa. “Visitamos os dois locais e eles possuem acervos interessantes sobre o assunto. Precisamos preservar esta história”, encerrou Bacil.
O SETOR – A erva mate é o principal produto florestal não madeireiro e seu cultivo é totalmente agroecológico. Por ser plantada na maior parte do Paraná em áreas sombreadas, não exige desmatamento e nem emite carbono. A região Centro-Sul é a principal produtora dentro do Estado, estimando-se que a cadeia do mate envolva 100 mil pessoas no Paraná.
São Mateus do Sul é o Município com o maior volume de erva mate extrativa no ano, com 70 mil toneladas, o que representa 17,8% do total nacional. A cidade, sozinha, produz mais do que os dois outros Estados no ranking nacional, somados – Rio Grande do Sul (24,8 mil toneladas) e Santa Catarina (23 mil toneladas). O cultivo movimentou R$ 468 milhões no ano passado no Brasil.
As dez cidades que mais produziram no ano passado estão no Paraná. Além de São Mateus do Sul, segundo a Agência de Notícias do Paraná, se destacaram Cruz Machado (55.200 toneladas), General Carneiro (30.600), Bituruna (30.000), Paula Freitas (21.840), Inácio Martins (15.980), Palmas (14.342), União da Vitória (13.500), Irati (12.200) e Pinhão (9.500). (Com assessoria)